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Empresas listadas na B3 perderam R$ 546 bilhões desde eleição de Lula

O levantamento considera a soma das mais de 400 empresas com capital aberto na B3; no mesmo período, o Ibovespa recuou 9,1%

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Bolsa de valores sao paulo b3 queda
1 de 1 Bolsa de valores sao paulo b3 queda - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

As empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira (B3) perderam R$ 546,2 bilhões em valor de mercado desde a vitória do petista Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições presidenciais do ano passado, segundo informações da CNN Brasil, com base em dados da plataforma de investimentos TradeMap.

O levantamento considera a soma das mais de 400 empresas com capital aberto na B3.

De acordo com a TradeMap, em 28 de outubro de 2022, dia do último pregão antes do pleito, o total de valor de mercado dessas companhias era de R$ 4,377 trilhões. Na terça-feira (3/1), a soma havia caído para R$ 3,831 trilhões.

Ibovespa caiu 9%

Principal indicador do desempenho das ações negociadas na B3, o Ibovespa também teve fortes perdas desde que Lula foi eleito presidente da República, segundo a TradeMap. No período, o tombo acumulado da Bolsa brasileira foi de 9,1%.

O Ibovespa fechou 2022 registrando uma alta acumulada de 4,68%, no patamar dos 109 mil pontos, mas abaixo tanto do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 5,9% até novembro, quanto da poupança (7,9%).

Em dezembro do ano passado, o índice fechou em queda de 2,44%, o segundo recuo mensal consecutivo. Na mínima de 2022, em julho, o Ibovespa baixou para os 95 mil pontos. Na máxima, em abril, chegou a ultrapassar os 121 mil pontos.

Nos dois primeiros pregões de 2023, o Ibovespa tombou feio, derrubado pela desconfiança dos investidores em relação às medidas do novo governo para a economia. Na segunda-feira (2/1), a queda foi de 3%; na terça-feira (3/1), o recuo foi de 2%.

Segundo analistas ouvidos pelo Metrópoles, o índice terminou o ano abaixo das expectativas, mas demonstrou resiliência em um cenário muitas vezes adverso, se descolando do mercado global e se consolidando como uma alternativa para os investidores, diante de um cenário macroeconômico delicado.

A Bolsa brasileira chegou a receber a alcunha de “TINA” (sigla em inglês para “There Is No Alternative” ou “não há outra alternativa”) dos mercados emergentes. O país se tornou um dos destinos preferenciais de investidores estrangeiros que buscavam ativos baratos que os protegessem da inflação, mais perene do que se esperava inicialmente.

O que esperar de 2023

Para este ano, no cenário externo, o mercado trabalha com a possibilidade de recessão econômica em algumas das principais economias da Europa e da Ásia, provavelmente já no primeiro semestre. Na segunda metade do ano, deve ser a vez de a economia dos Estados Unidos recuar. Já no cenário interno, as perspectivas do mercado brasileiro para 2023 estão diretamente ligadas à postura adotada pelo governo eleito na economia.

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