Emprego sem carteira atinge maior patamar da série histórica
Média anual de trabalhadores sem carteira assinada subiu 14,9% em um ano, passando de 11,2 milhões para 12,9 milhões de pessoas em 2022
atualizado
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Segundo dados divulgados na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta segunda-feira (27/2), aumentou o número de empregados com e sem carteira assinada em 2022 – na esteira da queda do desemprego no país, que terminou 2022 em 9,3%, o menor patamar em 7 anos.
No ano passado, o emprego com carteira assinada avançou 9,2%, somando 35,9 milhões de pessoas.
A média anual de trabalhadores sem carteira assinada também subiu entre 2021 e 2022: 14,9%, passando de 11,2 milhões para 12,9 milhões de pessoas. Trata-se do maior patamar da série histórica do IBGE.
De acordo com o levantamento, o número de trabalhadores domésticos cresceu 12,2% em 2022, alcançando 5,8 milhões de pessoas. Os trabalhadores por conta própria somaram 25,5 milhões, uma alta de 2,6% em um ano.
“Nos últimos dois anos, é possível visualizar um crescimento tanto do emprego com carteira quanto do emprego sem carteira. Mas é nítido que o ritmo de crescimento é maior entre os sem carteira assinada”, constata Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Como noticiado pelo Metrópoles, o resultado anual é o melhor em 7 anos, desde 2015, quando o índice de desocupação no país foi de 8,6%. Na comparação com 2021, foram 3,9 milhões de desempregados a menos no país.
No ano passado, o número de trabalhadores ocupados cresceu 7,4% em relação a 2021, somando 98 milhões. O nível de ocupação subiu pelo segundo ano seguido e foi de 56,6%.