Em “superquarta” com Fed e Copom, Ibovespa abre em alta e dólar recua
Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, avançava 0,39%, na faixa dos 118 mil pontos. Em queda, dólar era cotado a R$ 4,84
atualizado
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O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores do Brasil, iniciou o pregão desta quarta-feira (20/9) operando no azul, com os investidores à espera das decisões dos comitês de política monetária sobre a taxa de juros no Brasil e nos Estados Unidos.
Nesta “superquarta” – termo usado no mercado financeiro para o dia em que coincidem as divulgações das taxas básicas de juros nos dois países –, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) e o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (o Fed, Banco Central americano) anunciam o resultado de suas reuniões, ambas iniciadas na véspera.
No Brasil, a taxa Selic está em 13,25% ao ano, após uma redução de 0,5 ponto percentual na última reunião do Copom. A maioria dos analistas acredita em uma nova queda de 0,5 ponto percentual, para 12,75% ao ano.
Nos EUA, os juros foram elevados em 0,25 ponto percentual na última reunião do Fomc, para um intervalo entre 5,25% a 5,5% ao ano – a maior taxa em 22 anos. A expectativa do mercado é que agora o Fed mantenha a taxa inalterada.
Por volta das 10h40, o Ibovespa avançava 0,39%, aos 118.308,97 pontos. Na véspera, o índice recuou 0,37%, aos 117.845,78 pontos.
Dólar
Em movimento inverso, o dólar operava em baixa na manhã desta “superquarta”.
Às 10h40, a moeda americana registrava queda de 0,53% e era negociada a R$ 4,847.
No dia anterior, o dólar recuou 0,35% e foi negociado a R$ 4,873 ao fim da sessão.
Juros na China
Além das decisões de política monetária no Brasil e nos EUA, os investidores repercutem nesta quarta a decisão do Banco do Povo da China (PBoC, o Banco Central chinês), que anunciou a manutenção da taxa de juros de referência para empréstimos de 1 ano em 3,45%.
A autoridade monetária chinesa informou ainda que a taxa para empréstimos de 5 anos foi mantida em 4,2%. Trata-se da taxa de referência para os custos do mercado imobiliário, que enfrenta uma forte crise.
Em agosto, o BC da China havia reduzido os juros de referência em 0,1 ponto percentual, de 3,55% para 3,45%, e mantido a taxa de 5 anos em 4,2%. A expectativa por um novo corte se frustrou.
Os principais índices das bolsas de valores da Ásia, que também aguardam a decisão do Fed, fecharam em queda.