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Em semana de euforia, Bolsa volta a bater recorde; dólar cai a R$ 4,86

Ibovespa, principal índice da Bolsa, bateu nos 133 mil pontos durante o pregão e terminou o dia aos 132,7 mil, nova máxima de fechamento

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1 de 1 Imagem de painel da Bolsa de Valores do Brasil - Metrópoles - Foto: Cris Faga/NurPhoto via Getty Images

O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na Bolsa de Valores brasileira, teve mais uma dia de recordes históricos de pontuação nesta sexta-feira (22/12), fechando no azul pela oitava semana nas últimas nove.

O indicador encerrou o último pregão da semana registrando ganhos de 0,43%, aos 132.752,93 pontos – nova máxima histórica de fechamento. Foi o sétimo recorde batido pelo Ibovespa apenas em dezembro.

Na máxima da sessão, o Ibovespa ultrapassou a barreira dos 133 mil pontos (133.035,31), recorde histórico intradiário (durante o pregão).

Na véspera, o índice fechou em forte alta de 1,05%, aos 132,1 mil pontos.

Esse foi o último pregão da Bolsa de Valores do Brasil antes do Natal. Não haverá negociações na segunda-feira (25/12). As atividades serão retomadas normalmente na terça-feira (26/12).

Dados econômicos e juros nos EUA

As atenções dos investidores continuam voltadas para os Estados Unidos, que divulgaram mais índices de inflação nesta sexta.

O Índice de Preços do Consumo (PCE) ficou em 2,6% em novembro, na base de comparação anual, abaixo da estimativa do mercado (2,8%). Em outubro, o indicador estava em 2,9%.

O núcleo da inflação de consumo, que exclui a variação de preços de energia e alimentos, foi de 3,2% (ante 3,3% das projeções dos analistas). No mês anterior, o núcleo havia ficado em 3,4%.

No dia anterior, o principal destaque nos EUA foi a divulgação do resultado da economia americana no terceiro trimestre deste ano. Segundo dados divulgados pelo Departamento do Comércio, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA avançou 4,9% entre julho e setembro.

O resultado, o maior desde 2021, veio abaixo das expectativas do mercado. O consenso Refinitv, que reúne as principais projeções, estimava uma alta de 5,2%.

No mercado, há grande expectativa em relação ao possível início do ciclo de cortes da taxa de juros americana, a partir do ano que vem. Na última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), os juros ficaram inalterados pela terceira reunião consecutiva, no patamar entre 5,25% e 5,5% ao ano.

O Fomc, por sua vez, indicou três possíveis reduções de 0,25 ponto percentual ao longo de 2024, o que significa uma queda de 0,75 ponto percentual dos juros americanos no ano que vem. Entretanto, declarações de dirigentes do próprio Fed em sentido contrário têm preocupado os investidores e gerado dúvidas sobre uma efetiva redução dos juros na maior economia do mundo.

Com um mercado de trabalho forte e a atividade econômica resiliente, aumentam ainda mais as dúvidas sobre a política monetária e a possibilidade real de corte de juros. Nesse sentido, a aceleração menor do que o esperado da economia americana pode ser interpretada como uma boa notícia.

A elevação da taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para controlar a inflação e esfriar a atividade econômica.

Dólar cai a R$ 4,86

O dólar, por sua vez, se manteve em uma trajetória de queda desde o início da sessão desta sexta. A moeda americana encerrou o dia em baixa de 0,54%, negociada a R$ 4,861.

Na véspera, o dólar teve queda de 0,49%, cotado a R$ 4,887. Com o resultado, acumula baixas de 1,11% no mês e 7,91% no ano.

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