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O dólar teve nesta sexta-feira (28/6), no último pregão do mês, forte alta e fechou na maior cotação desde janeiro de 2022. Com o avanço de 1,46%, a moeda norte-americana terminou a semana cotada em R$ 5,588.
O sentimento geral do mercado está ligado às incertezas internas sobre as contas públicas e o superávit fiscal. Ainda persistem dúvidas sobre a capacidade do governo de atingir o equilíbrio pelo lado do corte de gastos e não pelo aumento de arrecadação.
Contudo, o fato de o pregão ser fechamento do mês também teve sua influência, uma vez que é nesse dia que a taxa Ptax, que serve de referência para contratos futuros com o dólar como referência, é definida.
Desse modo, há um jogo de pressões entre as posições dos investidores que operam “comprados” (que esperam alta da cotação) e dos que operam “vendidos” (que aguaram queda do valor). Venceu o lado comprado.
Analistas disseram durante o dia que as falas recorrentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a política monetária adotada pelo Banco Central (BC) do presidente Roberto Campos Neto traz também uma dose de incerteza. Isso porque Lula tem demonstrado que poderá indicar um novo presidente da autoridade monetária, em janeiro de 2025, mais alinhado com a demanda dos juros baixos.
O Ibovespa, principal índice da B3, fechou o dia em queda de 0,32%, aos 123.910 pontos.
