Em recuperação judicial, Oi vê prejuízo aumentar 400% em um ano
Desempenho da Oi em 2022 foi pior do que o projetado pelo mercado; consenso Refinitiv estimava um prejuízo líquido de R$ 885,2 milhões
atualizado
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A Oi, que entrou em recuperação judicial pela segunda vez em sua história, registrou um prejuízo líquido de R$ 17,6 bilhões no quarto trimestre de 2022, de acordo com o balanço divulgado pela empresa de telecomunicações na noite de segunda-feira (22/5).
O resultado representa um aumento de quase 400% (395,77%) em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o rombo foi de R$ 3,55 bilhões.
O desempenho da Oi foi pior do que o projetado pelo mercado. O consenso Refinitiv estimava um prejuízo líquido de R$ 885,2 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 396 milhões, um recuo de 76,8% na comparação anual. A receita líquida da Oi caiu 42,1% em um ano, para R$ 2,65 bilhões.
A dívida líquida da empresa fechou o ano passado em R$ 19 bilhões, uma queda de 41,4% na comparação com 2021.
Recuperação judicial, parte 2
Em março, a Oi entrou em recuperação judicial pela segunda vez em sua história. O pedido apresentado à 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro foi aceito pelo juiz Fernando Cesar Ferreira Viana, três meses após a conclusão do primeiro processo.
Em sua nova recuperação judicial, a Oi informou ter dívidas de R$ 43,7 bilhões, dos quais R$ 1 bilhão são referentes a dívidas trabalhistas.
Em recuperação judicial, a empresa fica desobrigada de pagar aos credores por algum tempo, mas tem de apresentar um plano para acertar as contas e seguir em operação.
A Oi entrou em recuperação judicial pela primeira vez em 2016, com dívidas acumuladas de R$ 65 bilhões. O processo foi encerrado apenas em dezembro de 2022, após seis anos.