Em reação à guerra, Heineken vende operação na Rússia por 1 euro
Heineken confirmou que vendeu suas operações na Rússia ao Grupo Arnest por um preço simbólico. Empresa repudia guerra na Ucrânia
atualizado
Compartilhar notícia
A Heineken, gigante holandês do setor de cervejas, anunciou nesta sexta-feira (25/8) a venda de suas operações na Rússia, em reação à guerra na Ucrânia, iniciada pela invasão cometida pelo regime de Vladimir Putin, em fevereiro de 2022.
A Heineken confirmou que vendeu suas operações na Rússia ao Grupo Arnest pelo preço simbólico de 1 euro (o equivalente a R$ 5,27).
A companhia já havia anunciado que deixaria a Rússia em março do ano passado, um mês depois do início da guerra. Segundo as projeções da Heineken, a empresa deve ter um prejuízo de 300 milhões de euros (R$ 1,58 bilhão) com o fim do negócio.
“Em resposta à contínua escalada da guerra, a Heineken vai interromper a produção, a promoção e a venda de sua marca na Rússia”, afirmou o CEO do grupo, Dolf van den Brink, em nota.
“Concluímos agora a nossa saída da Rússia. Os desenvolvimentos recentes demonstram os desafios significativos enfrentados pelas grandes empresas industriais ao saírem da Rússia, embora tenha demorado muito mais tempo do que esperávamos”, completou Van den Brink.
O Grupo Arnest assumiu a responsabilidade pelos 1,8 mil funcionários da Heineken na Rússia e assegurou que os empregos serão mantidos pelo menos por três anos.