Em novo estímulo à economia, BC da China corta compulsório para bancos
Medida entrará em vigor em 27 de março e tem o objetivo de liberar mais liquidez para o sistema financeiro da China. País vive desaceleração
atualizado
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O Banco do Povo da China (Banco Central chinês) anunciou nesta quinta-feira (14/9) que cortará o índice de compulsório para bancos e instituições financeiras em 0,25 ponto percentual.
A medida entrará em vigor no dia 27 de março e tem o objetivo de liberar mais liquidez para o sistema financeiro do país asiático, que enfrenta um momento de desaquecimento da economia.
O compulsório dos bancos é a parcela de dinheiro que as instituições financeiras são obrigadas a manter depositada no BC.
De acordo com a autoridade monetária da China, esse corte no dinheiro que os bancos devem manter como reservas não será aplicado para as instituições que adotam um compulsório de 5%.
Esse é o segundo corte do compulsório em 2023. O anterior havia sido feito em março, também em 0,25 ponto percentual.
Com a nova redução, segundo o BC chinês, o compulsório médio dos bancos ficará em 7,6%.
A autoridade monetária da China não forneceu nenhuma estimativa sobre a liquidez de longo prazo gerada com o corte do compulsório. Projeções giram em torno de 600 bilhões de yuans, o equivalente a US$ 87 bilhões (ou R$ 427,7 bilhões).
O BC da China já havia se comprometido com um maior apoio à atividade econômica do país. A autoridade monetária anunciou um corte nas taxas de juros, para tentar impulsionar a atividade econômica.
Os juros para os empréstimos de um ano, que são a principal referência do mercado local, foram reduzidos em 0,15 ponto percentual, para 2,5% ao ano. Foi o maior corte da taxa de juros na China desde o auge da pandemia de Covid-19.