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Em meio a debate sobre arcabouço, Gleisi pede política fiscal “expansionista”

Novo arcabouço fiscal, apresentado por Fernando Haddad a Lula na semana passada, vem sendo bombardeado por setores do PT

atualizado

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gleisi hoffmann presidente do PT
1 de 1 gleisi hoffmann presidente do PT - Foto: Gustavo Moreno/ Metrópoles

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, defendeu uma política fiscal “contracíclica” e “expansionista”, em um comentário publicado em seu perfil no Twitter, no sábado (18/3), um dia depois de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta do novo arcabouço fiscal.

A nova âncora fiscal, que ainda precisa ser aprovada por Lula antes de seguir para análise do Congresso Nacional, substituirá o teto de gastos como instrumento de controle dos gastos públicos.

Embora os detalhes do novo arcabouço não tenham sido anunciados oficialmente – o que deve ocorrer até o fim desta semana, antes da viagem de Lula à China –, a proposta, em tese, deve ter mecanismos que permitam ao governo fazer investimentos e gerar despesas sem que isso leve a um descontrole das contas públicas.

A ideia de impor algum limite aos gastos desagrada à presidente do PT e a diversas correntes do partido e do próprio governo. Há resistência ao arcabouço proposto pela equipe econômica em setores da Casa Civil. O descontentamento foi expressado publicamente, mais uma vez, por Gleisi.

“Se é verdade que a economia crescerá menos neste ano, segundo indicadores divulgados pelo governo, precisamos, então, aumentar os investimentos públicos e não represar nenhuma aplicação no social”, escreveu a presidente do PT no Twitter. “Em momentos assim, a política fiscal tem de ser contracíclica, expansionista”, completou Gleisi.

Na sexta-feira (17/3), o governo divulgou as primeiras projeções para os indicadores econômicos nos próximos anos. Para 2023, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é de 1,6% – ante alta de 2,1% da última projeção. Para o mercado, no entanto, a economia do país deve fechar 2023 com um crescimento inferior a 1%.

Após apresentar o arcabouço fiscal a Lula, Haddad limitou-se a dizer que agora o encaminhamento do tema está sob responsabilidade do presidente da República. Em princípio, a equipe econômica tinha a intenção de anunciar à opinião pública os detalhes do plano antes da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que definirá a taxa básica de juros, na quarta-feira (22/3).

A resistência de setores do governo à nova âncora fiscal, no entanto, pode adiar esse cronograma. Lula disse aos seus ministros que gostaria de ver o projeto anunciado antes de sua viagem à China, no dia 24.

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