Em maré ruim, Amazon registra prejuízo de US$ 3 bilhões em 2022
Amazon registrou um prejuízo de US$ 2,7 bilhões (R$ 13 bilhões), impactada pela perda de receitas fora dos EUA e pela compra de subsidiária
atualizado
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A Amazon encerrou 2022 com prejuízo de US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 13 bilhões), revertendo os ganhos de US$ 33 bilhões do ano anterior.
Embora o faturamento tenha crescido no período, as receitas da gigante de tecnologia foram impactadas por investimentos de mais de US$ bilhões (R$ 10 bilhões) feitos na Rivian Automotive, empresa produtora de veículos elétricos.
O resultado foi também impactado por uma perda de receitas global. Se retirado o faturamento da América do Norte, a Amazon vendeu 8% menos em 2022. Já o resultado do continente americano, puxado pelos Estados Unidos, subiu 13%. A receita líquida total somou quase US$ 150 bilhões (R$ 750 bilhões).
O último trimestre do ano passado foi ainda de lucro de US$ 1,3 bilhão (R$ 6,5 bilhões), influenciado pelas vendas da Black Friday, mas um lucro muito menor do que os US$ 12,3 bilhões (R$ 61,5 bilhões) em 2021.
Demissões
No começo do mês passado, a Amazon confirmou que demitirá mais de 18 mil funcionários, principalmente nos Estados Unidos e na Europa, em meio à crise das big techs e a um cenário de incertezas na economia para 2023.
Trata-se do maior corte entre os recentes anúncios de demissões em massa no setor de tecnologia – e também o mais severo da história da companhia, sediada em Seattle (EUA).
Segundo uma nota divulgada pela Amazon, a empresa está “profundamente ciente de que esses cortes de empregos são difíceis para as pessoas e não tomamos essas decisões levianamente”.
“Estamos trabalhando para apoiar os afetados e oferecer pacotes que incluem indenização, seguro médico temporário e ajuda externa para encontrar trabalho”, afirmou o executivo-chefe do grupo, Andy Jessy, em comunicado aos funcionários.
Em novembro, a empresa havia anunciado um plano de demissões que afetaria cerca de 10 mil trabalhadores, mas o número foi revisto. “A Amazon enfrentou economias incertas e difíceis no passado e continuaremos a fazê-lo”, disse Jassy.
No fim de setembro do ano passado, a companhia contava com 1,54 milhão de funcionários em todo o mundo. Durante o auge da pandemia de Covid-19, quando as big techs viveram um “boom”, a Amazon fez uma série de contratações para atender à demanda crescente – a força de trabalho dobrou de tamanho entre 2020 e 2022. No entanto, o lucro da empresa despencou 9% no terceiro trimestre do ano passado.