Em leilão, ações da Americanas desabam 75% após rombo histórico
Em leilão após inconsistências contábeis de cerca de R$ 20 bilhões, as ações da Americanas estão com preço de R$ 3 nesta manhã
atualizado
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Em leilão após inconsistências contábeis de cerca de R$ 20 bilhões, as ações da Americanas abriram com preço de R$ 3 na manhã desta quinta-feira (12/1), o que indica um derretimento de 75% em relação ao fechamento da véspera.
A previsão é que a abertura oficial das negociações dos papéis da companhia aconteça às 11 horas.
O leilão de ações, em linhas gerais, é um mecanismo de proteção da Bolsa de Valores, geralmente acionado quando ocorre uma variação abrupta no preço de determinado ativo. Quando ativado, a negociação desse ativo é interrompida temporariamente.
No cargo há apenas 10 dias, Sergio Rial, agora ex-presidente da Americanas, renunciou na quarta-feira (11/1). A decisão foi tomada após a empresa identificar “inconsistências contábeis” de cerca de R$ 20 bilhões em seu balanço financeiro.
O rombo teria acontecido em exercícios anteriores a 2022 – antes, portanto, de o executivo assumir a presidência da empresa.
As primeiras informações indicam que alguns financiamentos contratados pela empresa com fornecedores não foram lançados de forma correta no balanço. Ou seja: o endividamento real da Americanas seria, em tese, muito maior do que o reportado em seus demonstrativos financeiros.
Se ficar confirmado que se trata de uma fraude ou manipulação contábil, o rombo de R$ 20 bilhões será um dos maiores já conhecidos pelo mercado brasileiro. Para se ter ideia, a fraude que resultou na falência do Banco Panamericano foi de R$ 4 bilhões.
Já a manipulação contábil de R$ 600 milhões descoberta na resseguradora IRB Brasil, em 2019, fez as ações da empresa derreterem 90% na Bolsa de Valores desde então.