Em dia de prévia do PIB, Ibovespa abre em alta e dólar cai a R$ 4,90
Depois de três pregões consecutivos de queda, Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, ensaiava uma recuperação nesta manhã
atualizado
Compartilhar notícia
Depois de três pregões consecutivos de queda, o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil, operava em alta na manhã desta sexta-feira (19/1), tentando retomar os 128 mil pontos e encerrar uma semana difícil com ganhos.
Por volta das 11 horas, o indicador avançava 0,14%, aos 127.496,05 pontos.
Na véspera, o Ibovespa fechou em baixa de quase 1% (-0,91%), aos 127,3 mil pontos, a menor cotação de fechamento em mais de um mês.
Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula perdas de 5,12% no primeiro mês do ano.
No cenário doméstico, o principal destaque do dia é a divulgação do resultado do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que registrou uma leve variação de 0,01% em novembro de 2023, na comparação com o mês anterior.
O resultado interrompe uma sequência de três quedas consecutivas do índice. Em setembro e outubro, o IBC-Br havia recuado 0,06%. Em agosto, a retração foi de 0,77%.
O resultado de novembro veio abaixo do esperado pelos analistas, que projetavam uma alta de 0,1% no período, de acordo com o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções do mercado.
Na comparação com novembro do ano passado, de acordo com o BC, o IBC-Br teve alta de 2,19%.
Já no acumulado dos 11 primeiros meses de 2023, o índice avançou 2,4%. Em 12 meses, a alta foi de 2,31%.
No trimestre encerrado em novembro de 2023, o indicador teve queda de 0,49%, na comparação anual.
Juros nos EUA seguem no radar
Os investidores seguem acompanhando indicações sobre o comportamento dos juros nos Estados Unidos.
Os dados sobre o mercado de trabalho americano, que segue resiliente, diminuem a probabilidade de queda de juros na maior economia do mundo. Os novos pedidos de auxílio-desemprego no país recuaram para 187 mil (queda de 16 mil) na semana encerrada no dia 13 de janeiro, de acordo com dados divulgados pelo Departamento do Trabalho.
É o patamar mais baixo de pedidos de auxílio-desemprego registrado no país desde setembro de 2022.
A força do mercado de trabalho nos EUA é um dos componentes considerados pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para definir a taxa de juros e esfriar a demanda na economia para combater a inflação.
Analistas temem que uma possível aceleração do mercado de trabalho nos EUA leve a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Nesse sentido, a queda acima do esperado dos pedidos de seguro-desemprego pode ser interpretada como uma má notícia.
Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Fed, a taxa de juros foi mantida no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano – a maior em 22 anos. Nas últimas 15 reuniões do Fomc, houve elevação dos juros em 11 e manutenção da taxa em quatro.
Dólar em baixa
O dólar operava em queda na manhã desta sexta-feira. Pouco depois das 11 horas, a moeda americana recuava 0,18% e era negociada a R$ 4,92.
Na mínima das primeiras horas de sessão, o dólar caiu a R$ 4,90. A cotação máxima foi de R$ 4,923.
No dia anterior, o dólar subiu 0,02%, a R$ 4,31, a quarta alta consecutiva. Com o resultado, acumula valorização de 1,61% no mês e no ano.