Em crise, Argentina já não é principal destino de veículos brasileiros
Nos últimos dois meses, o México tornou-se o líder das exportações do setor automotivo do Brasil
atualizado
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Em crise, a Argentina perdeu participação nas exportações brasileiras de veículos e já não é mais, no segmento automotivo, o principal parceiro comercial do Brasil. Nos últimos dois meses, ela foi ultrapassada pelo México nesse quesito.
A informação consta no relatório de novembro sobre o desempenho da indústria automobilística brasileira. A análise foi elaborada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), entidade que reúne os produtores tanto de automóveis, leves e pesados, como de máquinas usadas nos setores agrícola e de construção.
De acordo com a Anfavea, a queda nas exportações para a Argentina é resultado de restrições cambiais vigentes no país vizinho. No acumulado do ano, porém, os argentinos ainda lideram o ranking, com 29% das unidades nacionais embarcadas. O país é seguido pelo México (com 18%) e pela Colômbia (16%). “Vale destacar que no ano passado a Argentina respondia por 36% das nossas exportações” até novembro, destaca a nota da Anfavea.
No acumulado até novembro, no geral, a indústria brasileira exportou 450 mil unidades de veículos, número que supera em 34,3% os embarques dos primeiros 11 meses do ano passado. “Restam apenas 10 mil unidades para atingirmos as 460 mil projetadas para o fechamento de 2022″, diz Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea. “Ou seja, superaremos com folga a previsão feita em junho.”