Elon Musk diz que banco central foi “tolo” ao não cortar juros nos EUA
Para o bilionário, dono do X (ex-Twitter) e da Tesla, economia americana dá sinais de desaquecimento e taxa já deveria ter sido reduzida
atualizado
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O bilionário Elon Musk, dono do X (ex-Twitter) e da Tesla (carros elétricos), entre outras companhias, entrou na briga contra os juros altos – neste caso, nos Estados Unidos. Ele afirmou neste domingo (4/8) que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) foi “tolo” e perdeu uma oportunidade de não reduzir a taxa na semana passada, que está fixada no intervalo entre 5,25% e 5,50%, o maior nível desde 2001.
O comentário de Musk foi feito depois da divulgação, nas últimas semanas, de informações que sinalizam para um processo de desaquecimento da economia. Esse tipo de cenário poderia levar a uma queda da inflação – fato que justificaria o corte de juros (algo que seria bom para o Brasil).
Soube-se na semana passada, por exemplo, que a taxa de desemprego dos EUA em julho avançou para perto da máxima de três anos, chegando a 4,3%. O dado aumentou temores sobre a deterioração do mercado de trabalho local, que poderia tornar a economia vulnerável a uma recessão.
Embora tenha mantido os juros no atual patamar, o Fed não descartou a possibilidade de redução da taxa na próxima reunião que fará para discutir o tema, entre 17 e 18 de setembro. O presidente do BC americano, Jerome Powell, reforçou essa possibilidade na quarta-feira (31/7).
No caso de Musk, acrescente-se, os juros são importantes. A Tesla precisa de taxas baixas para elevar a venda de carros e vencer a disputa com os chineses pelo posto de maior fabricante de veículos elétricos do mundo. Em janeiro, a empresa chegou a ser ultrapassada pela BYD, da China, nessa corrida.