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Eletrobras destitui executivo após denúncia na CVM

O Conselho de Administração da Eletrobras destituiu o vice-presidente de comercialização da empresa, João Carlos de Abreu Guimarães

atualizado

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Aline Massuca/Metrópoles
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1 de 1 eletrobras rio de janeiro energia brasil - Foto: Aline Massuca/Metrópoles

O Conselho de Administração da Eletrobras destituiu o vice-presidente de comercialização da empresa, João Carlos de Abreu Guimarães.

O executivo é citado em uma denúncia apresentada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que apura supostas fraudes em operações do grupo Delta Energia, no qual Guimarães trabalhou até o início deste ano.

Segundo informações do jornal Folha de S.Paulo, embora a denúncia ainda esteja em fase preliminar de investigação, haveria indícios de que foram realizadas operações simuladas de compra e venda de energia que teriam gerado ganhos a dois fundos de investimentos ligados à Delta Energia.

Na época, Guimarães era diretor da Beta, uma das comercializadoras de energia ligadas ao grupo.

Guimarães chegou à Eletrobras em março, antes de as denúncias surgirem.

Em comunicado anterior sobre o caso, a Eletrobras havia informado que acompanhava os desdobramentos do episódio, mas que as suspeitas sobre as operações da Delta não envolviam a atuação da Eletrobras.

Até o momento, a companhia não anunciou o nome do substituto de Guimarães na vice-presidência de comercialização.

“A companhia manterá o mercado informado sobre o preenchimento da posição de que trata este comunicado”, diz a Eletrobras.

O que diz a Delta Energia

Em nota encaminhada ao Metrópoles, a Delta Energia afirmou que “todas as operações dos fundos do Grupo Delta Energia são feitas legalmente, de acordo com os regulamentos aprovados pelos seus respectivos cotistas, registrados na CVM, com contrapartes pré-aprovadas e validadas por auditorias independentes” e que “nunca houve qualquer tipo de questionamento de nenhuma parte envolvida, sobretudo os cotistas”.

“O documento apresentado à CVM é de autoria de uma pessoa física sem qualquer relação com o Grupo Delta Energia e os respectivos fundos de investimento. Ele lista acusações que não se sustentam e contêm inverdades a respeito do funcionamento dos fundos e das operações realizadas. O Grupo Delta Energia, que ainda não foi oficiado pela CVM, buscará esclarecer todos os fatos perante quaisquer autoridades, assim como a reparação devida face às acusações infundadas das quais é vítima”, diz a empresa.

O que diz João Carlos de Abreu Guimarães

Por meio de seus representantes legais, João Carlos de Abreu Guimarães encaminhou a seguinte nota ao Metrópoles:

“Nesta segunda-feira (3), tomei conhecimento de minha destituição do cargo de vice-presidente de Comercialização da Eletrobras por decisão do Conselho de Administração da empresa.

A respeito de uma suposta denúncia subscrita por um sujeito que jamais conheci e que não foi diretor ou funcionário da Delta Comercializadora de Energia Ltda., informo que não recebi qualquer questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que exigisse a minha manifestação formal. Tampouco pesa sobre mim acusação relativa ao período em que atuei como executivo no Grupo Delta Energia.

Tenho 37 anos de experiência no setor de comercialização de energia elétrica, com passagem em renomadas empresas, tais como Cemig, Enron, AES, Santo Antonio, EDP e Delta Energia, além de ter ocupado a presidência do Conselho de Administração da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) entre 2011 e 2013. Durante toda a minha carreira, sempre atuei de forma ilibada, sem qualquer tipo de reclamação que pudesse colocar em xeque a minha reputação, a qual sempre defenderei em qualquer foro ou instância.”

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