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Economista-chefe do Banco Inter vê aperto monetário “próximo do fim”

Para Rafaela Vitória, economista-chefe do Banco Inter, o primeiro corte da taxa de juros deve ocorrer em agosto e Selic fechará o ano em 12%

atualizado

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A taxa básica de juros, atualmente em 13,75% ao ano, pode começar a ser reduzida pelo Banco Central (BC) em breve, diante de uma menor pressão inflacionária. A avaliação é da economista-chefe do Banco Inter, Rafaela Vitória, em carta ao mercado.

Segundo Vitória, “com a queda da inflação esperada, ainda que gradual, o corte de juros está próximo de se iniciar”. Para tanto, de acordo com a economista, a aprovação do arcabouço fiscal pelo Congresso Nacional pode ser determinante.

“Com a apresentação do arcabouço fiscal e sinais de que o pico do aperto monetário pode estar próximo do fim, observamos um fechamento de cerca de 30 bps (“basis point” ou “pontos-base”) nas taxas de mercado para próximo de 5,9%. No cenário de controle da inflação e redução do risco fiscal, poderíamos ver uma queda maior dessas taxas, mas esse cenário depende da aprovação do arcabouço com mais garantias na execução fiscal de equilíbrio”, anota Vitória.

De acordo com a projeção do Banco Inter, o primeiro corte da taxa de juros deve ocorrer em agosto. A Selic terminaria este ano em 12%.

“Ao longo de 2024, a taxa pode continuar em queda para próximo de 10%, mesmo considerando ainda algum crescimento de gastos fiscais que deve manter a inflação acima do centro da meta”, projeta Rafaela Vitória.

Segundo o último Relatório Focus, do BC, divulgado na segunda-feira (8/5), a taxa Selic deve fechar 2023 em 12,5%. Para 2024, a projeção é de 10%. O mercado financeiro espera que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, fique em 6,02% ao final deste ano.

Nova composição do BC

Na carta ao mercado, a economista-chefe do Banco Inter afirma que a indicação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para a Diretoria de Política Monetária do BC “pode resultar em maior pressão pela redução mais acelerada dos juros no curto prazo”.

“Porém, caso a política monetária perca credibilidade, com decisões de políticas heterodoxas, o resultado pode ser a reaceleração da inflação, tanto por uma desvalorização cambial, como por desancoragem das expectativas”, ressalta Vitória.

“Políticas fiscais e monetárias devem, sim, andar alinhadas. Porém, se o alinhamento caminhar para uma expansão, o resultado pode ser a aceleração da inflação.”

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