Durante crise, Americanas cortou 9 mil funcionários e fechou 188 lojas
Números tomam como base comparação de dados de janeiro de 2023, quando empresa entrou em recuperação judicial, e última semana de agosto
atualizado
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A Americanas cortou 9.302 funcionários e fechou 188 lojas entre o início da crise da empresa, em janeiro de 2023, e a semana passada, entre os dias 19 e 25 de agosto. É isso o que mostra o último relatório elaborado pela empresa, que está em recuperação judicial, divulgado na quarta-feira (28/8).
O quadro de trabalhadores com carteira assinada, ou seja, sob regime de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), era de 43.123 pessoas no início do ano passado. Segundo o novo relatório, o número passou para 32.821 entre os dias 19 e 25 de agosto.
Na última semana, a empresa reportou 262 admissões. Houve, contudo, 391 desligamentos. Eles foram formados por 188 pedidos de saída, 180 demissões e 23 contratos de experiência e temporários encerrados.
No caso das lojas, elas somavam 1,880 em janeiro de 2023. Agora, são 1.754. Esse número, contudo, já foi menor. Em fevereiro deste ano, atingiu 1.692.
Em nota, a Americanas informou que o fechamento e abertura de lojas “seguiram a dinâmica de sazonalidade do varejo e o plano de reestruturação da companhia, com atenção a rigorosos critérios de rentabilidade”. Acrescentou que, “mesmo com o encerramento de operações deficitárias, o incremento de performance e aumento da eficiência operacional resultaram no crescimento, no primeiro semestre deste ano, de quase 10% da plataforma física da Americanas, atualmente com cerca de 1.700 lojas – uma das maiores presenças do varejo físico brasileiro”.
Sobre os funcionários, disse que os “desligamentos refletem seu plano de transformação, para maior integração entre físico e digital, geração de caixa e aceleração do crescimento, e que o movimento não afetou as áreas de operações”.