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Dólar volta a subir com dados de mercado de trabalho dos EUA. Entenda

Por volta das 10h40 desta sexta-feira (5/7), moeda americana apresentava alta de 0,44% e estava cotado a R$ 5,51

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A cotação do dólar voltou a subir na manhã desta sexta-feira (5/7) depois da divulgação de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. Por volta das 10h40, a moeda americana havia revertido uma tendência de queda e oscilava, apresentando alta de 0,44%, cotada a R$ 5,51.

Um total de 206 mil novos postos de trabalho foram criados fora do setor agrícola em junho nos Estados Unidos. O número representou uma desaceleração sobre as 218 mil vagas abertas em maio, mas veio acima da expectativa do mercado, que projetava 191 mil. Além disso, o desemprego avançou de 4,0% para 4,1%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (5/7) pelo Departamento do Trabalho dos EUA.

De acordo com o levantamento, conhecido como “payroll” (“folha de pagamento”), o aumento dos salários perdeu intensidade no mês passado, passando de 4,1% para 3,9% na comparação anual. Em junho, as novas vagas foram abertas, principalmente, no setor público e em áreas como saúde, assistência social e construção.

O “payroll” é um dos indicadores mais importantes da força da economia americana. Assim, ele tem grande influência sobre os mercados internacionais. No último relatório, no entanto, as informações foram relativamente neutras. Isso porque, embora o número de empregos criados tenha superado a expectativa do mercado, ele desacelerou em relação ao mês anterior.

Referência global

Para o mercado global, as informações do relatório da folha de pagamento são interpretadas como um indício do comportamento dos juros nos Estados Unidos. Se os números do “payroll” apresentassem uma queda expressiva, isso significaria que a economia está perdendo força de forma consistente.

Com isso, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) poderia promover cortes das taxas mais cedo do que o esperado. Hoje, os juros básicos nos EUA estão fixados no intervalo entre 5,25% e 5,50%, o maior patamar desde 2001.

Elevados, esses juros elevam a atratividade dos títulos da dívida americana, os Treasuries, considerados os papéis mais seguros do mercado. Em contrapartida, ativos de renda variável perdem espaço, como as ações negociadas nas Bolsas, notadamente em países emergentes, que tendem a cair. Nesse cenário, o dólar também sofre pressão de alta.

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