Dólar vai a R$ 5,21 com mudança da meta fiscal para 2025
Moeda americana já vinha em alta pressionada pela crise do Oriente Médio e por novos sinas de aquecimento da economia americana
atualizado
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A elevação do dólar teve um novo repique na tarde desta segunda-feira (15/4), quando ele chegou a ser cotado a R$ 5,21, por volta das 14h30. Pouco depois, às 15 horas, recuou para R$ 5,19, numa valorização de 1,47%.
Desta vez, a valorização da moeda americana ocorreu com a confirmação por parte do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, da mudança da meta fiscal para 2025.
O arcabouço fiscal – aprovado pelo Congresso e sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva há sete meses – previa um superávit primário (saldo positivo nas contas públicas sem o pagamento de juros) de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) no próximo ano. Haddad disse que ele será de zero (0%), com a possibilidade de um déficit de 0,25%.
Nesta segunda, O ministro da Fazenda também confirmou que o salário mínimo será de R$ 1.502 no ano que vem.
Antes da manifestação de Haddad, o dólar havia atingido R$ 5,18 às 10h30. Nesse caso, a elevação havia sido resultado do agravamento do conflito no Oriente Médio, depois do ataque do Irã a Israel, no sábado (13/4).
Dados sobre o desempenho do varejo nos Estados Unidos, divulgados nesta segunda-feira (15/4), também contribuíram para valorizar o dólar. Em março, as vendas do setor subiram 0,7%, ante uma expectativa de crescimento de 0,3%. O resultado mostra que a economia americana segue aquecida, o que diminui a perspectiva de queda dos juros no curto prazo no país.