Dólar sobe e fecha a R$ 5,66. Bolsa fica estável com queda de 0,13%
Com agenda econômica interna esvaziada, alta veio da recuperação do iene frente ao dólar e piora nas perspectivas sobre a economia da China
atualizado
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O dólar fechou o pregão desta quarta-feira (24/7) em alta firme encerrou o dia em alta, cotado a R$ 5,65, avançando 1,27%. É a maior alta desde o dia 2 de julho, quando a moeda encerrou foi cotada a R$ 5,66.
Com a agenda econômica interna esvaziada, os ativos foram fortemente influenciados pelo exterior, mais especificamente pela recuperação do iene frente ao dólar e pela piora nas perspectivas sobre a economia da China, o que deve prejudicar a demanda por matérias-primas em todo o mundo.
A moeda japonesa tem acumulado ganhos frente ao dólar em meio às suspeitas de intervenção cambial das autoridades e à especulação sobre se o Banco do Japão elevará os juros em sua reunião na próxima semana.
Nessa quinta-feira (25/7) o mercado estará atento à divulgação de importantes indicadores econômicos, tanto no Brasil quanto no exterior. Entre eles o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de julho e a arrecadação federal de junho, ambos no Brasil, e a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos.
Pior entre 27 países
O desempenho do real frente ao dólar é pior até do que o do peso argentino. Em 2024, o real regista o pior desempenho frente ao dólar, na comparação com moedas de 27 países.
Na avaliação do economista Márcio Holland, professor na Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EESP) e ex-secretário de Política Econômica no Ministério da Fazenda (2011-2014), a queda da moeda brasileira está associada a fatores externos e internos. Os externos, contudo, são comuns aos demais países. Por isso, ele atribui pelo menos dois terços da desvalorização do real a problemas locais.
“Tudo indica que o déficit primário zero vai ficar para o futuro e vamos ficar no limite mínimo do arcabouço”, diz Holland. “E o governo está achando que esse é um ótimo resultado”.
Bolsa
O Ibovespa caiu 0,13% e encerrou a quarta-feira (24/7) nos 126.423 pontos. As ações de varejistas caíram: Petz (PETZ3) caiu 5,07%; Magalu (MGLU3) recuou 4,19% e Assaí (ASAI3) perdeu 4,2%.
A recuperação de Vale e Petrobras impediram uma queda maior. A petrolífera fechou com papeis preferenciais (PETR4) a 0,8% de alta, valendo R$ 37,73, enquanto a Vale (VALE3) fechou em avanço de 0,61%, a R$ 60,60.