Dólar sobe e bolsa cai pelo terceiro dia seguido, com agitação global
Sessão foi volátil com números ruins sobre a China e dúvidas em torno da dívida americana. No Brasil, ações da BRF e Marfrig avançaram
atualizado
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O dólar comercial fechou nesta quarta-feira (31/5) em alta de 0,61%, cotado a R$ 5,073, pelo terceiro dia seguido. Isso depois de atingir a máxima de R$ 5,128. A moeda americana registrou ganhos de 1,73% frente ao real neste mês.
O salto do dólar ocorreu depois da divulgação de números mais fracos sobre o crescimento da China. Eles penalizaram as commodities e as moedas ligadas a bens primários.
A sessão também foi de volatilidade elevada por causa do fechamento da taxa Ptax de maio. Esse índice, calculado pelo Banco Central (BC), serve de referência para a liquidação de contratos futuros.
No fim de cada mês, os agentes financeiros tentam direcioná-lo para níveis mais convenientes às suas posições, o que costuma gerar um vaivém no mercado de câmbio.
Bolsa
O Ibovespa, a principal referência para a Bolsa brasileira (B3), fechou em baixa de 0,58%, aos 108.335 pontos, nesta quarta (31/5). Essa foi a terceira queda seguida do indicador, embora, no mês, ele acumule ganhos de 3,74%.
De acordo com o TradeMap, num pregão agitado pela votação do projeto que busca aumentar o teto da dívida dos Estados Unidos, as ações que apresentaram as maiores altas foram da CVC (CVCB3, 13,42%), BRF (BRFS3, 11,83%) e Marfrig (MRFG3, 6,24%).
Na abertura do pregão, a BRF, dona das marcas Sadia e Perdigão, informou que a Marfrig, maior acionista da companhia, e o fundo soberano da Arábia Saudita Salic se comprometeram a investir até R$ 4,5 bilhões em um eventual aumento de capital da empresa.
As maiores baixas ficaram com Assaí (ASAI3, -4,19%), Tim (TIMS3, -2,85%) e Locaweb (LWSA3, -2,55%).
No cenário internacional, os índices mais importantes dos Estados Unidos também fecharam em baixa. O Dow Jones caiu 0,41%, o S&P 500, 0,61% e a Nasdaq, 0,63%.