Dólar sobe e fecha a R$ 5,62. Bolsa cai puxada pela Azul

O dólar encerrou esta quinta-feira (29/8) em alta de 1,20%, valendo R$ 5,62. Foi a quarta alta consecutiva da moeda. A desvalorização do real é reflexo da divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos, divulgado nesta manhã. Os dados revelaram um crescimento de 3%, percentual maior que os 2,8% inicialmente estimado.

A economia americana cresceu impulsionada por um aumento nos gastos dos consumidores e pela recuperação dos lucros de algumas empresas. Com essa melhora, analistas acreditam que o Federal Reserve (FED) deve fazer cortes nos juros em setembro.

Internamente, investidores repercutiram a indicação de Gabriel Galípolo para assumir a presidência do Banco Central. O atual diretor de Política Monetária do BC vai substituir Roberto Campos Neto e deve ser sabatinado no Senado no dia 9 de setembro. Após passar pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, precisará ser aprovado pelo plenário da Casa, em votação secreta. 

Na contramão do dólar, o Ibovespa encerrou a sessão em queda de 0,95%, aos 136.041 pontos. Com o resultado, o índice acumulou alta de 0,32% na semana, alta de 6,57% no mês e ganhos de 1,38% no ano.

O índice foi puxado pela desvalorização das ações da Azul. Às 11h20, os papéis da empresa entraram em leilão por dez minutos, ao atingir o patamar de queda de 25,52%. 

A queda brusca correspondia à notícia da agência Bloomberg, de que a Azul está avaliando opções que vão desde uma oferta de ações a um pedido de proteção contra credores nos Estados Unidos, conhecido como “Chapter 11”, enquanto luta para cumprir obrigações de dívida com vencimento iminente. A empresa anunciou nesta quinta-feira um novo plano estratégico para sua estrutura de capital e posição de liquidez, em meio a dificuldades operacionais.