Dólar salta a R$ 6,16 na abertura de mercado, em novo recorde nominal
Já por volta das 9h10, moeda americana registrava elevação de 0,77%, a R$ 6,14. Na véspera, havia fechado a R$ 6,09, com avanço de 0,99
atualizado
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O dólar à vista abriu em nova alta nesta terça-feira (17/12). Na abertura do mercado, chegou a R$ 6,16. Por volta das 9h10, ele registrava elevação de 0,92%, cotado a R$ 6,14. Na véspera, a moeda norte-americana fechou a R$ 6,09, com elevação de 0,99%. Com o resultado, bateu um novo recorde nominal (descontada a inflação), alcançando o maior valor de fechamento desde o início do Plano Real, em 1994. A última vez que o dólar havia atingido a máxima histórica nominal, a R$ 6,08, havia sido na segunda-feira passada (9/12).
A nova arrancada da cotação da moeda dos EUA ocorreu apesar da realização por parte do Banco Central (BC) de um leilão extra de dólares no mercado à vista na segunda-feira (16/12). Na ocasião, a venda atingiu US$ 1,63 bilhão, na maior intervenção desse tipo feita pelo BC desde o começo da pandemia de Covid-19, no início de 2020.
Na sexta-feira (13/12), o BC interveio de forma similar no mercado à vista. Na ocasião, vendeu US$ 845 milhões. Antes disso, só havia realizado esse tipo de operação em 30 de agosto.
Um pouco antes do leilão desta segunda-feira, o dólar chegou a R$ 6,09. Com a oferta, entre 9h35 e 9h40, ele recuou para R$ 6,03. Mas, ao longo da tarde, voltou a subir.
Preocupação fiscal
Na avaliação de analistas, a série de altas no mercado de câmbio é resultado basicamente das preocupações com a questão fiscal (a relação entre receitas e gastos das contas públicas federais). Os investidores também temem que o pacote de cortes de despesas do governo seja “desidratado” no Congresso Nacional, onde está sendo analisado por parlamentares.
Com o desempenho desta segunda-feira, o dólar registra alta de 0,99% na semana, 1,56% no mês e 25,59% no ano.