Dólar paralelo bate recorde na Argentina, em meio a estresse eleitoral
O chamado “dólar blue” está sendo negociado a 835 pesos, ante a cotação oficial de 350 pesos. Disputa presidencial pressiona a moeda
atualizado
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O dólar paralelo na Argentina, chamado de “dólar blue”, disparou nesta quarta-feira (4/10), atingindo a cotação recorde de 835 pesos. A moeda vem sendo fortemente pressionada pelo avanço da campanha política no país, cujo primeiro turno das eleições presidenciais ocorrerá em 22 de outubro.
A taxa de câmbio praticada nas “cuevas”, as bancas de troca de moedas de Buenos Aires, ampliou para 140% a diferença entre a cotação paralela do dólar e a oficial, fixada em 350 pesos.
A pressão altista aumenta à medida que os argentinos tentam se livrar da moeda local, diante da expectativa de forte desvalorização dos pesos, depois do primeiro turno da eleição presidencial.
As pesquisas mais recentes de intenção de voto indicam que o representante da direita, Javier Milei, deve enfrentar no segundo turno, em 19 de novembro, o atual ministro da Economia e candidato governista, Sergio Massa. Não se descarta a possibilidade de Milei, que quer dolarizar a economia argentina, vencer o pleito no primeiro turno.
Na semana passada, o dólar paralelo havia atingido a máxima histórica nominal de 805 pesos. Na terça-feira, fechou cotado a 810 pesos. Hoje, bateu nos 835 pesos.