Dólar opera em alta, à espera de últimas definições de Lula
Na manhã desta segunda-feira (26/12), o dólar avançava 0,36% às 9h36 e era negociado a R$ 5,18
atualizado
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O dólar abriu a última semana do ano em alta, à espera das últimas definições do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a equipe ministerial do próximo governo.
Na manhã desta segunda-feira (26/12), a moeda americana avançava 0,36% às 9h36 e era negociada a R$ 5,18.
A cotação máxima dos primeiros minutos de sessão foi de R$ 5,19. Na mínima, o dólar chegou a R$ 5,15.
Na sexta-feira (23/12), a moeda fechou em baixa de 0,39%, cotada a R$ 5,16. Com o resultado, o dólar acumula queda de 7,34% em 2022.
Projeções para inflação e PIB
Os investidores repercutem, neste início de semana, a divulgação dos dados econômicos pelo Boletim Focus, do Banco Central (BC).
Segundo o relatório, o último de 2022, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,64%. A projeção da semana passada era de 5,76%.
Para 2023, os economistas consultados pelo BC aumentaram a estimativa de inflação de 5,17% para 5,23%. Para 2024, o indicador passou de 3,5% para 3,6%.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o mercado financeiro reduziu a projeção de crescimento para 2022: de 3,05%, na semana passada, para 3,04%.
Para 2023, segundo o Boletim Focus, o PIB do Brasil deve avançar 0,79% – mesma projeção da semana anterior.
O futuro de Simone Tebet
Ainda no cenário interno, o mercado aguarda os últimos anúncios da equipe de ministros do governo Lula. A maior expectativa dos investidores é em relação ao nome da senadora Simone Tebet (MDB-MS), que pode assumir o Ministério do Planejamento.
Apoiadora do petista no segundo turno da campanha eleitoral, Tebet queria ser ministra do Desenvolvimento Social, mas foi preterida pelo ex-governador do Piauí Wellington Dias (PT). Ela também não conseguiu emplacar no Ministério do Meio Ambiente, que deverá ficar com a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP).
China preocupa
No cenário externo, a grande preocupação dos investidores é a China, segunda maior economia do mundo, que vive uma explosão de casos e internações por Covid-19.
O país colocou fim, de forma repentina, à chamada política de “Covid zero”, o que levou a população a sair do confinamento mais rígido e ter contato com o coronavírus. O sistema de saúde chinês vem enfrentando sérias dificuldades para atender os pacientes infectados.