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Dólar opera em baixa após ata do Copom sinalizar que juros podem subir

Já o Ibovespa iniciou o dia em leve alta, em sinal de recuperação após o pânico nos mercados acionários na sessão anterior.

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1 de 1 Dólar - Dinheiro - Foto: Illustration by Sheldon Cooper/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

O dólar opera em baixa superior a 1% nesta terça-feira (6/8), cotado a R$ 5,66 por volta das às 10h40, após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) divulgar a ata da última reunião apontando a moeda americana como novo fator de risco e afirmando que “não hesitará” em elevar a Selic, a taxa básica de juros, para conter a inflação no Brasil. 

A manifestação do Copom, sinalizando que os juros podem voltar a subir, foi bem recebida pelo mercado. De acordo com o BC, as expectativas de inflação e a taxa de câmbio, com o dólar subindo nas últimas semanas, são movimentos que contribuem para a dinâmica da inflação. O Ibovespa iniciou o dia em leve alta, em sinal de recuperação após o pânico nos mercados acionários na sessão anterior.

Na avaliação de Enrico Cozzolino, sócio e head de análises da Levante Investimentos, a ata foi dura, mas alinhada, deixando clara a importância da desancoragem do dólar e reforçando a necessidade de serenidade.

“O principal destaque foi a escrita de que não vão hesitar em subir juros, se entenderem ser necessário, enfatizando um aumento de incertezas no cenário externo e colocando expectativas da elevação do juros no Focus, decorrentes das elevações da inflação”, afirmou Enrico.

Para Pedro Afonso Gomes, presidente do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP), a ata trabalha com uma certa cautela com relação à taxa Selic, tendo em vista o cenário doméstico e o cenário internacional, especialmente com o desaquecimento dos Estados Unidos. Ele estranhou apenas duas hipóteses mencionadas no documento sobre a manutenção da Selic.

“Entretanto é bastante estranha as duas hipóteses que o Copom menciona, que é manutenção da taxa por um tempo longo e a elevação eventual da taxa se houver necessidade. Acho que essa elevação é mais um alerta de que devem ser mantidos os níveis de inflação e de taxas de juros dentro dos limites, mas não acredito que isso vá ocorrer”, avaliou Pedro.

Esses possíveis ajustes futuros também chamaram a atenção de Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos. “O Copom enfatizou a importância da vigilância contínua e a possibilidade de ajustes futuros na política monetária, dependendo do desenvolvimento do cenário econômico. Isso traz um olhar de confiabilidade aos investidores, se afastando da ótica de que se pudesse existir uma vertente mais política que pudesse influenciar a tomada de decisão por parte de alguns dos integrantes, disse Sidney.

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