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Dólar fecha em leve queda após falas do presidente do Banco Central

Ibovespa também fechou em baixa. Falas do presidente do BC, Roberto Campos Neto, podem ter ajudado a aliviar a percepção de risco fiscal

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Dólar - Dinheiro - aumento do dólar - queda do dólar
1 de 1 Dólar - Dinheiro - aumento do dólar - queda do dólar - Foto: Illustration by Sheldon Cooper/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

O dólar perdeu força e fechou em queda de 0,14%, a R$ 5,69 nesta segunda-feira (21/10). Pela manhã, a moeda chegou a ser negociada R$ 5,73 depois de o Banco Central do Brasil (BC) divulgar mais um Boletim Focus e aumentar a projeção da inflação.

À tarde, no entanto, declarações do presidente do BC, Roberto Campos Neto, reforçou as preocupações dos investidores com a política fiscal, fazendo o dólar se afastar da máxima.

Campos Neto disse que a adoção de medidas fiscais pelo governo é importante para que a autoridade monetária consiga baixar juros, destacando que é difícil atingir a meta de inflação quando há uma desancoragem das expectativas para as contas públicas.

“Há falta de confiança em parte do mercado de que o arcabouço fiscal entregue promessas”, afirmou. “Para ter juros mais baixos de maneira duradoura, é preciso de um choque na parte fiscal”, afirmou.

Inflação

O mercado também levou em conta o Relatório Focus, divulgado mais cedo. De acordo com o documento, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 4,50% — no limite da meta deste ano. A meta da inflação, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% com variação de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo (4,50% e 1,5%). Os analistas do mercado também esperam que a taxa de câmbio, ou seja, o dólar, suba de R$ 5,40 para R$ 5,42 até o fim do ano. Para 2025, o valor estimado continua sendo de R$ 5,40.

No exterior, notícias sobre a economia chinesa continuaram no radar do mercado, após o governo do país asiático ter reduzido mais uma vez as taxas de juros em uma clara tentativa de estimular a economia do país, que enfrenta desafios para continuar crescendo e atingir a meta do governo de alta de 5% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2024.

O Ibovespa fechou o dia em baixa de 0,11%, aos 130.361,56 pontos. O destaque ficou por conta das ações da Hypera (HYPE3), a mais negociada do pregão e que terminou o dia com alta de 1,91%. A Vale (VALE3) terminou o dia com queda de 0,36%, após forte alta na abertura e oscilação constante no resto do pregão. O resultado é fruto do corte de juros na China, que fez o preço do minério de ferro subir. A Petrobras (PETR4) recuou 1,57%, enquanto Brava (BRAV3) subiu 1,3%.

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