Dólar fecha em alta e vai a R$ 5,11; Ibovespa opera em forte queda
Dólar avançou 0,74% na última sessão da semana, negociado a R$ 5,112; ações de Petrobras, Vale e bancos puxam Ibovespa para baixo
atualizado
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O dólar encerrou a sessão desta sexta-feira (27/1) em alta, em um dia marcado pela divulgação de dados econômicos nos Estados Unidos.
A moeda americana terminou a sessão avançando 0,74%, negociada a R$ 5,112.
A cotação máxima do dólar no dia foi de R$ 5,117. Na mínima, a moeda recuou para R$ 5,057.
No dia anterior, o dólar fechou próximo da estabilidade, com recuo de 0,1%, cotado a R$ 5,075 na venda.
Com o resultado, a moeda americana acumula queda de 3,16% em 2023 e de 1,85% nesta semana.
EUA no foco
Nos últimos dois dias, as atenções do mercado financeiro se voltaram aos Estados Unidos, com a divulgação de importantes dados econômicos da maior economia do mundo.
Na quinta-feira (26/1), o governo americano divulgou os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do país em 2022: houve um crescimento anual de 2,9% no 4° trimestre.
Em dólares correntes, o PIB dos EUA alcançou US$ 25,46 trilhões em 2022, um crescimento de 9,2% (ou US$ 2,15 trilhões). Em 2021, a alta foi de 10,7% (US$ 2,25 trilhões).
Nesta sexta, foi a vez do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), que registrou alta de 0,1% em dezembro do ano passado, na base de comparação mensal.
Na comparação anual, a alta foi de 5%, o que representa uma desaceleração em relação aos últimos meses. O índice ficou em 5,5% em novembro, 6,1% em outubro e 6,3% em setembro.
O PCE cheio de dezembro ficou no mesmo patamar registrado em novembro e abaixo de outubro (0,4%). Já o núcleo do PCE (que exclui variações de preços de energia e alimentos, considerados mais voláteis) de dezembro ficou em 0,3% na base de comparação mensal, ante 0,2% em novembro e 0,3% em outubro.
Trata-se do índice de preferência do Federal Reserve (Banco Central americano) para monitorar a inflação no país e serve como parâmetro para a condução da política monetária.
O mercado avalia o risco de os EUA enfrentarem uma recessão econômica neste ano ou, pelo menos, uma forte desaceleração. Apesar do receio, os investidores receberam bem o resultado do PCE, visto como um sinal de que a política monetária do país vem conseguindo domar a inflação, o que pode significar uma redução gradual da taxa de juros em breve.
Ibovespa em queda
Principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), o Ibovespa opera em queda forte no último pregão da semana.
Por volta das 16h40, o indicador recuava 1,55%, aos 112.403,39 pontos.
Na máxima do dia até aqui, o Ibovespa chegou aos 114,1 mil pontos. A mínima foi de 112 mil. O volume negociado no pregão é de R$ 15,9 bilhões.
No dia anterior, o Ibovespa fechou em queda de 0,08%, aos 114,1 mil pontos. Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula ganho de 4,05% em 2023.
Os papéis de Petrobras, Vale e de alguns dos principais bancos do país operavam em forte queda desde o início da tarde, pressionando o Ibovespa.
As ações ordinárias da Vale recuavam 2,4%, negociadas a R$ 95,58. Papéis preferenciais da Petrobras caíam 2,3%, a R$ 25,60.
O Itaú recuava quase 2%, enquanto o Bradesco cedia 2,7%. As ações do BTG Pactual estavam em queda de 1,34% e as do Santander, de 1,6%.