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Dólar encerra estável a R$ 6,04, com dados dos EUA e pacote fiscal

Dados de emprego nos EUA divulgados nesta quarta-feira (4/12) e falta de novidade do pacote de gastos brasileiros manteve a moeda estável

atualizado

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1 de 1 Imagem colorida do ministro da Fazenda, Fernando Haddad - Metrópoles - Foto: Diogo Zacarias/MF

O dólar fechou em queda de 0,13%, cotado a R$ 6,04 nesta quarta-feira (4/12). O  recuo foi motivado pela divulgação de dados mais fracos de empregos e pelo desempenho do setor de serviços nos EUA e ainda pela espera da aprovação do pacote fiscal brasileiro.

Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que é necessário enfrentar a alta dos juros e, por isso, foi apresentado o conjunto de medidas de ajuste fiscal. Segundo ele, a pasta fará um balanço das medidas de compensação à desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia intensivos em mão de obra e dos municípios apresentadas pelo Senado Federal e voltará ao Supremo Tribunal Federal para apresentar o que foi arrecadado.

O balanço, previsto para a próxima semana, vai medir o que foi arrecadado com as medidas de compensação e quanto ainda é necessário arrecadar. A partir disso, será discutido novas medidas. A equipe econômica do governo Lula (PT) entende que os patamares elevados deverão perdurar por mais tempo, sem estimar um horizonte curto para o país voltar a ter cotações mais baixas.

Lá fora, os últimos dados de emprego dos EUA mostraram que o crescimento da folha de pagamento privada foi menor do que o esperado em novembro. Também em baixa está a atividade do setor de serviços dos Estados Unidos. Combinados, estes dois dados aumentaram a confiança do mercado em um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro. Durante evento em Nova Iorque, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, disse que a resiliência da economia americana permite que o banco central possa cortar os juros mais lentamente.

Segundo Powell, a economia está em boa forma, crescendo mais do que o esperado, o que acabou fazendo com que a inflação ficasse um pouco mais alta.

“A boa notícia é que o Fed pode ser mais cauteloso enquanto tenta encontrar a taxa neutra, que não impulsiona nem contrai a economia”, disse ele.

Mudança na Petrobras

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, operou em queda na última hora do pregão. Por volta das 15h30, os papéis da Petrobras registram queda impulsionada pela notícia de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode aumentar o poder do PT na empresa. Por volta das 15h35, as ações PN recuavam 1,01%, a R$ 57,20, enquanto as ON caíam 1,26%, a R$ 42,26.

Segundo o jornal O Globo, o presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Pietro Mendes, vai deixar a companhia. Para o seu lugar será indicado o conselheiro Bruno Moretti, que é secretário de análise governamental do ministro Rui Costa na Casa Civil.

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