Dólar e bolsa operam em alta, com dados de inflação e à espera do Fed
Mercado repercute dados da prévia da inflação de julho, que abrem caminho para corte de juros pelo BC. No exterior, foco são juros nos EUA
atualizado
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Principal indicador do desempenho das ações negociadas na bolsa de valores brasileira, o Ibovespa abriu o pregão desta terça-feira (25/7) em alta, com o mercado financeiro repercutindo os dados de inflação de julho no Brasil e projetando a decisão da autoridade monetária dos Estados Unidos sobre a taxa de juros.
Por volta das 10h10, o índice avançava 1,32%, aos 122.944,48 pontos.
No dia anterior, o Ibovespa fechou em alta de 0,83%, aos 121,2 mil pontos. Esse foi o maior patamar alcançado pelo indicador desde 12 de agosto de 2021. Com o resultado, acumula ganhos de 2,76% no mês e 10,58% no ano.
Dólar
Nesta manhã, o dólar também operava em alta. Às 10h25, a moeda americana avançava 0,24% e era negociada a R$ 4,744.
Na véspera, o dólar recuou 1%, a R$ 4,7327 – foi o menor patamar de fechamento desde 20 de abril do ano passado, quando a moeda atingiu R$ 4,6194.
Inflação no Brasil e juros nos EUA
Nesta terça, os investidores repercutem os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do Brasil. Em julho, o indicador registrou deflação de 0,07% – a primeira “inflação negativa” em 10 meses, desde setembro de 2022.
O resultado reforça a percepção do mercado que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) pode reduzir a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano, em 0,5 ponto percentual já na próxima reunião, na semana que vem.
No cenário externo, as atenções estão voltadas para a reunião do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), que definirá a nova taxa de juros no país. A expectativa do mercado é a de que os juros voltem a subir, desta vez em 0,25 ponto percentual, após a interrupção do ciclo de altas no mês passado.
Também nesta semana, o Banco Central Europeu (BCE) anuncia a taxa de juros na Europa.