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Dólar dispara na Argentina e chega a 600 pesos às vésperas de eleição

O dólar “paralelo” na Argentina bateu recorde nesta semana, enquanto país se prepara para primárias de eleições presidenciais no domingo

atualizado

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Ministro argentino Sergio Massa - Metrópoles
1 de 1 Ministro argentino Sergio Massa - Metrópoles - Foto: Reprodução/Twitter

Às véspera das eleições presidenciais do país, o dólar paralelo na Argentina não para de subir e já alcança novos recordes.

O chamado dólar blue, cotação paralela da moeda na Argentina, atingiu a marca de 600 pesos nesta quarta-feira (9/8), alta de 0,33% em relação ao dia anterior.

O dólar oficial é cotado em valor muito menor, abaixo de 300 pesos, embora o valor paralelo seja o aplicado na prática nas negociações entre os cidadãos.

Preocupado com o impacto das movimentações, o ministro da Economia e pré-candidato à presidência, Sergio Massa, ameaça evitar à força que negociações paralelas ocorram no mercado e sigam elevando a cotação.

“Vamos fazê-los sentir o rigor com todos os instrumentos da lei”, disse Massa nesta semana, sem dar detalhes sobre como pretende parar as negociações paralelas.

A Argentina realiza as primárias de suas eleições presidenciais neste domingo, 13 de agosto. Após a definição dos candidatos, as eleições argentinas ocorrem oficialmente em 22 de outubro.

Eleições na Argentina

As eleições argentinas de outubro, por ora, têm cenário incerto. Nas primárias deste domingo (conhecidas como PASO), Massa deve se sagrar o candidato do bloco de esquerda como representante do atual governo peronista do presidente Alberto Fernández e da vice Cristina Kirchner.

Mas o bloco governista enfrenta dificuldades para se manter no governo em meio à alta instatisfação dos argentinos com a inflação em alta, hoje acima de 155% no acumulado em 12 meses.

Já pela frente de oposição, há uma disputa interna na direita entre Horacio Larreta, prefeito de Buenos Aires, e Patricia Bullrich, ex-ministra da Segurança no governo Mauricio Macri. Também deve se oficializar como candidato na oposição o economista Javier Milei, que pode angariar votos como representante de um eleitorado de extrema-direita ou mais à direita do grupo de Macri.

Nas últimas eleições, em 2019, o atual presidente Fernández venceu o ex-presidente Mauricio Macri com 48,2% dos votos. Na ocasião, Macri sofreu forte oposição e críticas por ter contraído uma dívida de US$ 45 bilhões junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

A Argentina está atualmente em negociações com o FMI para o pagamento da dívida, e a situação fiscal nebulosa do país ajuda a elevar a incerteza e a desvalorizar o peso argentino.

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