Dólar dispara depois de divulgação de dados sobre emprego nos EUA
Números do mercado de trabalho vieram acima do esperado. Isso indica que economia americana está aquecida e juros podem demorar para cair
atualizado
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A cotação do dólar à vista disparou desde o fim da manhã desta sexta-feira (6/12). Por volta das 14h30, a moeda americana registrava alta de 1,20%, cotada a R$ 6,08. Às 9h20, pouco depois da abertura do mercado, a elevação era de apenas 0,24%, a R$ 6,02, o que naquele momento indicava estabilidade em relação ao real.
O valor do dólar foi afetado pelos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos, o “payroll”, divulgados às 10h30 (horário de Brasília). De acordo com o Departamento do Trabalho americano, foram criados 227 mil vagas de emprego em novembro no país. O mercado esperava algo em torno de 200 mil.
Para os analistas, a diferença mostra que a economia americana segue aquecida. Tal cenário reduz a perspectiva de queda de juros nos EUA. Isso não necessariamente num cenário imediato, mas no médio prazo.
Na próxima semana, o Federal Open Market Comittee (Fomc), do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), decidirá o valor dos juros americanos. As expectativas apontam para um corte de 250 pontos-base, o que levará a taxa a um intervalo entre 4,25% e 4,50%.
Os juros fixados nos EUA têm forte influência sobre a economia global. Se a perspectiva é de queda, a tendência é que ocorra um fortalecimento das Bolsas de Valores e um enfraquecimento da pressão global de alta da moeda americana. Se a previsão é de manutenção ou alta da taxa, dá-se o contrário: as ações caem e o dólar sobe em relação às demais moedas em todo o mundo.