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Dólar dispara a R$ 5,22 com emprego nos EUA e pânico sobre juros

Às 9h55, o dólar operava em forte alta de 0,91% e era negociado a R$ 5,216. Criação de vagas muito acima do esperado nos EUA acendeu alerta

atualizado

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Imagem colorida de maços de notas de dólares americanos, empilhadas umas sobre as outras - Metrópoles
1 de 1 Imagem colorida de maços de notas de dólares americanos, empilhadas umas sobre as outras - Metrópoles - Foto: Getty Images

A confirmação de que o mercado de trabalho nos Estados Unidos continua muito forte foi recebida como uma má notícia pelo mercado financeiro, pois indica que há grande chance de um novo aperto monetário na maior economia do mundo.

Pouco depois da divulgação de que os EUA criaram 336 mil novas vagas fora do setor agrícola em setembro, muito acima do esperado, o dólar disparou e chegou à máxima de R$ 5,22.

Às 9h55, a moeda americana operava em forte alta de 0,91% e era negociada a R$ 5,216.

No dia anterior, com os investidores já avaliando os riscos de um possível novo aumento de juros pelo Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), o dólar subiu 0,32%, a R$ 5,152.

Com o resultado, a moeda acumula ganhos de 2,82% em outubro. No acumulado de 2023, a baixa ainda é de 2,07%.

Preocupação sobre aumento de juros nos EUA

Analistas temem que uma aceleração do mercado de trabalho nos EUA leve a um novo aperto da política monetária pelo Fed. Nesse sentido, a criação de vagas muito acima das expectativas é interpretada como uma notícia que pode ser negativa.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária do Fed, a taxa de juros foi mantida no patamar de 5,25% a 5,5% ao ano – a maior em 22 anos. Nas últimas 13 reuniões do Fomc, houve elevação dos juros em 11 e manutenção da taxa em duas.

A elevação da taxa de juros é o principal instrumento dos bancos centrais para desaquecer a atividade econômica, além de combater a inflação.

Semana marcada por dados de emprego

Os dados do “Payroll” americano vinham sendo aguardados com muita expectativa pelo mercado, em uma semana marcada por outros dados de emprego confliantes entre si.

Na terça-feira (3/10), o relatório “Job Openings and Labor Turnover Survey” (Jolts), divulgado pelo Departamento do Trabalho do governo americano, mostrou que houve uma alta de 690 mil vagas de trabalho em aberto em relação a julho, para 9,61 milhões.

As vagas em aberto são as posições disponíveis dentro das empresas que os empregadores buscam preencher por meio de contratações. Para participar do relatório Jolts, os empregadores recebem um formulário no qual informam o número de vagas em aberto na empresa no último dia útil do mês, além do número de contratações e demissões no período.

Em tese, portanto, o aumento na quantidade de vagas em aberto indica que as empresas pretendem aumentar suas contratações.

Na quarta-feira (4/10), dados divulgados pelo ADP Research Institute, em parceria com o Stanford Digital Economy Lab mostraram que a maior economia do mundo gerou 89 mil vagas no setor privado, um resultado muito inferior ao verificado em agosto (180 mil).

Os números mais importantes da semana, no entanto, eram mesmo os do “Payroll”, o relatório oficial de emprego (“payroll”) dos EUA, que reúne dados dos setores público e privado.

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