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Dólar cai e Bolsa oscila com dados sobre empregos nos Estados Unidos

Mercados brasileiros de câmbio e ações repercutem divulgação de novos dados que indicam desaquecimento da economia americana

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Dólar - Dinheiro
1 de 1 Dólar - Dinheiro - Foto: Illustration by Sheldon Cooper/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

O dólar opera em queda de 0,41%, a R$ 5,54, nesta sexta-feira (6/9). A moeda americana oscila bastante desde o início da manhã, quando chegou a cair 0,70%. A Bolsa brasileira (B3), com fortes variações, registrou um leve avanço de 0,08%, mas a seguir, por volta das 10h30, caiu 0,27%, aos 136.130 pontos. 

O recuo da moeda americana e as variações da B3 ocorrem em meio à divulgação de dados sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos. Eles reforçaram a tendência de desaquecimento da economia americana.

De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, o país criou 142 mil vagas de emprego fora do setor agrícola em agosto. O número ficou bem abaixo do esperado pelos analistas, cujas projeções apontavam para algo entre 160 mil e 164 mil novos postos. 

Também em agosto, a taxa de desemprego americana foi de 4,2%, menor do que os 4,3% do mês anterior, mas em linha com as previsões do mercado. A expansão do ganho médio por hora trabalhada foi de 0,4%. O total de pessoas fora do mercado de trabalho, mas que busca um emprego, chegou a 5,6 milhões de americanos.

Sinais preciosos

O relatório de empregos dos EUA, conhecido como “payroll”, contém dados especialmente aguardados pelos agentes econômicos. Isso porque essas informações podem oferecer sinas preciosos sobre o comportamento dos juros nos EUA. 

O menor ritmo do avanço do emprego nos EUA é interpretado como um indício de desaquecimento da economia americana. Tal cenário corrobora a tese de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) deve cortar os juros básicos do país, hoje fixados no intervalo entre 5,25% e 5,50%, o maior nível desde 2001. 

Próxima reunião

A próxima reunião que definirá os rumos da taxa americana será realizada pelo Federal Open Market Committee (Fomc, o Comitê Federal de Mercado Aberto), um órgão do Fed similar ao Copom do Banco Central (BC) brasileiro, em 18 de setembro. A previsão é de um corte dos juros de pelo menos 0,25 ponto percentual. 

Essa perspectiva tem um efeito poderoso sobre o mercado mundial. Ela diminui a atratividade dos títulos da dívida americana, os Treasuries, considerados os mais seguros do mundo.

Com isso, a tendência é que aumente o interesse por parte dos investidores por ativos de risco, como as ações negociadas nas Bolsas de Valores – o que inclui os mercados de países emergentes como o Brasil. A expectativa da redução dos juros nos EUA também diminui a pressão sobre o dólar, que passa a ser sugado em menor intensidade pela economia americana. Ou seja, com a queda dos juros americanos a perspectiva é de alta para a B3 e queda do dólar.

Questão é quanto cortar

Na avaliação dos analistas, o payroll de fato reforçou a tese de que o Fed deverá iniciar o ciclo de afrouxamento dos juros. A discussão, agora, é sobre a intensidade dos cortes. Para a corretora Ativa, ele deve atingir 0,50 ponto percentual. 

Para Rodrigo Cohen, analista e co-fundador da Escola de Investimentos, a redução deve ficar em 0,25 ponto percentual. “Acho um risco muito grande reduzir em 0,50 agora”, diz. “Pode ser que na próxima decisão isso mude, talvez com mais informações que tragam segurança para o Fed aumentar o ritmo de cortes.”

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