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O dólar fechou em alta de 0,73% nesta segunda-feira (17/6), a R$ 5,4214, enquanto o mercado espera a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), na quarta-feira (19/6), e ainda repercutindo os desafios do risco fiscal evidenciados na semana passada por declarações do governo Lula sobre corte de gastos e aumento de arrecadação.
Além disso, a manutenção dos juros nos Estados Unidos, anunciada na semana passada, mantém pressão na taxa de câmbio, segundo analistas.
“A subida do dólar está sendo impulsionada pela combinação de fatores locais e externos. No local, persiste uma grande aversão ao risco por conta da expectativa que o mercado tem por alguma sinalização do governo sobre corte de gastos, o que ainda não aconteceu”, analisa Cristiane Quartaroli, economista-chefe do Ouribank.
Além disso, as opiniões estão divididas sobre a decisão do BC, que começa a reunião nesta terça-feira (18/6) e anuncia a nova taxa básica de juros, a Selic, no dia seguinte. “Isso tem trazido aversão a risco”, diz a economista.
No cenário externo, a percepção de que os Estados Unidos manterão juros altos por mais tempo, consolidada pelo comunicado do Federal Reserve (FED), o banco central norte-americano, “continua contribuindo para pressionar o mercado de câmbio”.
Juros altos nos EUA significam que os investidores manterão os recursos lá, em vez de apostar em economias em desenvolvimento, como o Brasil. Menos dólares no país pressionam o câmbio para cima, como ocorreu nesta segunda-feira.