Dólar alcança R$ 5,68 com declaração de Lula e reunião de BCs
Moeda americana volta a oscilar, mas com tendência de alta nesta terça-feira (2/7). Mercado agita-se com falas de Lula sobre o mercado
atualizado
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O dólar voltou a oscilar de forma intensa nesta terça-feira (2/7). Por volta das 10h45, a moeda americana registrava alta de 0,36%, cotada a R$ 5,67. Às 11h15, baixou para R$ 5,66. Logo depois, encostou nos R$ 5,68. Na véspera, havia fechado em R$ 5,65, o maior patamar desde janeiro de 2022, com elevação de 1,15%.
Para especialistas, a volatilidade do dólar – com forte viés de alta – é resultado de fatores internos e externos. No primeiro caso, a moeda americana foi pressionada nos últimos dias por comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em relação ao mercado em geral e ao presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, em particular.
Nesta terça-feira, por exemplo, Lula disse que a subida do dólar “preocupa”, mas acrescentou que “há um jogo especulativo contra o real no país”. A declaração foi feita em entrevista à Rádio Sociedade, em Salvador (BA).
Além disso, há fatores externos que atuam diretamente sobre o dólar. O principal deles é a manutenção por parte do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) da taxa de juros em patamar historicamente alto, no intervalo entre 5,25% e 5,50%, o maior valor desde 2001. Nesse nível, os juros tornam mais atrativos investimentos em títulos do Tesouro americano, os Treasuries, em detrimento de outros ativos, principalmente os de renda variável.
Nesta terça-feira, o mercado também está atento – e sensível – a um painel do Fórum de Sintra, em Portugal, que reúne os presidentes do Fed, Jerome Powell, Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, e do BC brasileiro, Roberto Campos Neto.