Dólar abre em alta após Boletim Focus e com EUA no radar
Às 9h45, dólar avançava 0,46%, negociado a R$ 5,168; mercado aguarda posicionamento do Fed sobre juros nos EUA
atualizado
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O dólar começou a semana em alta, com os investidores atentos a novas manifestações do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos) a respeito da política monetária e, no cenário interno, repercutindo o aumento da estimativa de inflação para 2023 e 2024, segundo o Relatório Focus, do Banco Central (BC).
Às 9h45, a moeda americana avançava 0,46%, negociada a R$ 5,168.
Na cotação máxima dos primeiros minutos de sessão, o dólar chegou a R$ 5,186. A mínima até aqui é de R$ 5,163.
Na sexta-feira (3/2), o dólar fechou em forte alta, avançando 2,03%, negociado a R$ 5,148.
Com o resultado da última sessão da semana passada, a moeda americana fechou a semana com alta acumulada de 0,72%. No acumulado do mês, até aqui, o avanço é de 1,47%. Em 2023, no entanto, o dólar registra queda de quase 2,47%.
EUA e Boletim Focus
O mercado ainda acompanha os desdobramentos da decisão do Fed de elevar a taxa básica de juros da economia americana em 0,25 ponto percentual, na semana passada. Com isso, os juros básicos estão agora em um intervalo de 4,5% a 4,75% ao ano.
A decisão representa uma diminuição no ritmo de alta dos juros americanos nos últimos meses. Na última reunião do Fed, a taxa havia aumentado em 0,5 ponto percentual e, nas três reuniões anteriores, em 0,75 ponto percentual.
Os investidores aguardam as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell, que deve detalhar a decisão e projetar os próximos passos da autoridade monetária americana no combate à inflação.
O mercado também repercute, neste início de semana, as novas estimativas do Relatório Focus, do Banco Central, sobre dados econômicos do país. De acordo com o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar este ano em 5,78% – a projeção da semana passada era de 5,74%. É a oitava semana consecutiva de alta.
Os economistas ouvidos pelo BC também aumentaram a estimativa de inflação para 2024 (de 3,9% para 3,93%) e mantiveram a de 2025 (3,5%).