Dólar abre em alta e chega a R$ 6,21 no penúltimo pregão do ano
Indicadores econômicos e crise das emendas parlamentares entre Congresso e STF estão no radar dos investidores
atualizado
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O dólar abriu, nesta última sexta-feira do ano (27/12), em alta de 0,32%, a R$ 6,19, e chegou a bater R$ 6,21 nos primeiros minutos do dia. No radar, constam as discussões sobre o pagamento das emendas parlamentares e a divulgação de indicadores econômicos, como números do IPCA-15 de dezembro e da taxa de desemprego de novembro, contida na Pnad Contínua.
Com o resultado, a moeda acumulou ganhos de 1,74% na semana, uma alta de 2,95% no mês. No ano, a moeda avançou 27,30%.
No exterior, o dólar opera em queda e, por volta das 8h50, o índice DXY recuava 0,17%, a 107,94 pontos. O euro subia 0,12%, a US$ 1,04343, e a libra avançava 0,19%, a US$ 1,25509. O dólar caía 0,04% ante a moeda japonesa, a 157,68 ienes.
De olho nos números
Hoje, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou indicadores importantes. A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,1% no trimestre terminado em novembro, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua.
Pelo segundo mês consecutivo, o país atingiu a menor taxa de desocupação de toda a série histórica da Pnad Contínua, iniciada em 2012. No trimestre encerrado em outubro, o percentual foi de 6,2%. Antes disso, a taxa mais baixa de desempregados no país havia sido registrada em dezembro de 2013 (6,3%).
Em novembro de 2024, o Brasil criou 106.625 vagas de emprego formal (ou seja, com carteira assinada). Entre as vagas de trabalho geradas, 74,6% são consideradas típicas e 25,4%, não típicas, com destaque para contratos temporários (+22.368), típicos deste período de fim de ano.
O instituto também divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, que ficou em 0,34%, em dezembro, após taxa de 0,62% registrada em novembro — o que representa queda de 0,28 ponto percentual (p.p.).
Dentro do grupo Alimentação e Bebidas, a alimentação no domicílio registrou variação de 1,56% em dezembro. Contribuíram para esse resultado os aumentos do óleo de soja (9,21%), da alcatra (9,02%), do contrafilé (8,33%) e da carne de porco (8,14%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (- 9,85%), o tomate (- 6,71%) e o leite longa vida (- 2,42%).
O principal impacto negativo (- 0,20 p.p.) foi observado em Habitação (- 1,32%). Os demais grupos ficaram entre os recuos de 0,52% de Artigos de Residência e a alta de 0,34% de Vestuário.
Em Despesas Pessoais (1,36% e 0,14 p.p.), o resultado foi influenciado principalmente pela alta do cigarro (12,78%), devido ao aumento da alíquota específica do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre cigarros, a partir de 1º de novembro.
Leilões
Nessa quinta-feira (26/12), embora o Banco Central do Brasil (BC) tenha realizado um novo leilão para controlar a alta da moeda, chegando a vender a oferta integral de US$ 3 bilhões no leilão à vista, e a moeda americana fechou aos R$ 6,17.
O Ibovespa fechou em alta de 0,26%, a 121.078 pontos. O índice foi apoiado pela forte alta de ações de peso, como Vale, Petrobras e o setor financeiro. Hoje, o índice ronda a estabilidade.