Dívida bruta do setor público avança para 74,4% do PIB em agosto
Segundo o BC, contas do setor público consolidado registraram déficit de R$ 79 bilhões no acumulado dos oito primeiros meses de 2023
atualizado
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A dívida bruta do setor público consolidado fechou o mês de agosto representando 74,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil, o equivalente a R$ 7,77 trilhões.
Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (29/9) pelo Banco Central (BC).
O resultado significa um aumento em relação a julho, quando a dívida bruta estava em 74,1% do PIB.
O indicador corresponde ao endividamento dos governos federal, estaduais e municipais, além do INSS.
Déficit de R$ 79 bilhões até agosto
Ainda de acordo com os dados do BC, as contas do setor público consolidado do país registraram um déficit primário de R$ 79 bilhões no acumulado dos oito primeiros meses de 2023, o equivalente a 1,12% do PIB.
No mesmo período de 2022, as contas públicas haviam registrado um superávit de R$ 120,05 bilhões (1,85% do PIB).
O resultado negativo entre janeiro e agosto é o pior para esse período desde 2020, no auge da pandemia de Covid-19.
Pior resultado para um primeiro ano de mandato
Como noticiado pelo Metrópoles na quinta-feira (28/9), as contas do governo central registraram um déficit primário de R$ 104,6 bilhões nos primeiros oito meses deste ano. Foi o pior resultado até agosto para um primeiro ano de mandato presidencial, segundo dados do Tesouro Nacional.
O déficit primário é o resultado negativo entre receitas e despesas do governo, sem contar o pagamento dos juros da dívida pública. O número reúne dados do Tesouro Nacional, do Banco Central e da Previdência (Instituto Nacional do Seguro Social).
Em agosto, o déficit primário do governo central foi de R$ 26,35 bilhões. Trata-se do quarto pior resultado para o mês, em termos reais, em toda a série histórica do indicador, iniciada em 1997.