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Disputa será “mais justa”, diz líder do varejo sobre acordo com Shein

“É urgente que sejam tomadas medidas”, afirmou Jorge Gonçalves Filho, presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV)

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Katja Knupper/Die Fotowerft/DeFodi Images via Getty Images
Taxa federal Fazenda Shein Shopee
1 de 1 Taxa federal Fazenda Shein Shopee - Foto: Katja Knupper/Die Fotowerft/DeFodi Images via Getty Images

O acordo entre o governo e a varejista asiática Shein, anunciado nesta quinta-feira (20/4) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi bem recebido pelo setor e tornará a competição por mercado “mais justa” no país. A avaliação é do presidente do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), Jorge Gonçalves Filho, que esteve reunido com Haddad no escritório da pasta em São Paulo.

Como noticiado pelo Metrópoles mais cedo, a Shein se comprometeu a se adequar ao Programa de Conformidade Tributária da Receita Federal e a nacionalizar, em até quatro anos, 85% de suas vendas pelas plataformas eletrônicas – ou seja, os produtos passarão a ser produzidos no Brasil.

As varejistas brasileiras têm sofrido com a concorrência de empresas asiáticas como Shein, Shoppee e AliExpress, que, segundo o governo, estariam se passando por pessoas físicas para enviar as encomendas a clientes do Brasil sem cobrança de imposto. Entre as empresas que estiveram representadas na reunião com Haddad, nesta quinta, estão C&A, Lojas Renner, Marisa, Magazine Luiza, Petz e Grupo Boticário.

“Nós mostramos ao ministro o que tem ocorrido e a necessidade de haver um plano de compliance, uma adequação para que tanto o varejo nacional quanto as plataformas asiáticas joguem com as mesmas regras. Todos devemos ter o país aberto para investimento, mas o varejo dá 25% das carteiras assinadas no país”, afirmou Gonçalves Filho, após a reunião com Haddad.

“O que nós ouvimos do ministro é que haverá um plano de adequação desse tipo de comércio. Todos no país vão trabalhar sob as mesmas regras. Nós podemos ter a perspectiva de que a competição será mais justa. Isso é muito bom, é um passo importante. O IDV vai participar da construção desse plano”, prosseguiu o líder varejista.

Segundo o presidente do IDV, “o que vai mudar para o consumidor é que ele terá maior transparência no que ele está comprando”. “Se o consumidor compra uma mercadoria e não é avisado sobre o imposto que tem ali, tem de ir na Receita e pagar aquele imposto. Isso ficará mais transparente. Estará tudo no preço”, explicou Gonçalves Filho.

Ele se referia ao “imposto digital” anunciado mais cedo por Haddad, que será criado nos mesmos moldes de vários países desenvolvidos, de acordo com o ministro. O “digital tax”, como é chamado, será pago diretamente pelas empresas, que não passarão nenhum custo adicional ao consumidor, seguindo as regras tributárias brasileiras.

“Para nós, é urgente que sejam tomadas medidas. As mercadorias estão entrando no país. Nada impede que as plataformas comecem amanhã a trabalhar dentro da lei que já existe. O governo não mudou nada. Basta seguir tudo o que está escrito. Já vai ser um grande passo”, concluiu o presidente do IDV.

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