Deutsche Bank: “Não há motivo para preocupação”, diz chanceler alemão
“O sistema bancário está estável na Europa”, afirmou o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, sobre as preocupações em relação ao Deutsche Bank
atualizado
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O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, tentou tranquilizar o mercado financeiro nesta sexta-feira (24/3), dia marcado pela queda dos principais índices das bolsas de valores na Europa, em meio ao temor sobre a situação do Deutsche Bank, o maior banco do país.
Após uma reunião em Bruxelas com outros líderes da União Europeia (UE), Scholz garantiu que o Deutsche Bank não corre maiores riscos e se tornou “muito lucrativo” após modernizar e diversificar seus negócios.
“Não há motivo para preocupação. O sistema bancário está estável na Europa”, afirmou o chanceler.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, endossou as palavras do colega alemão. “No geral, acho que estamos em boa forma”, disse. O premiê da Grécia, Kyriakos Mitsotakis, por sua vez, também classificou o sistema bancário europeu como “estável e robusto”.
Os swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) do Deutsche Bank – um tipo de seguro para os detentores de títulos de uma empresa que protege contra a inadimplência – atingiram o nível mais alto em quatro anos, em 173 pontos-base, na noite de quinta-feira (23/3). Perto do horário de fechamento das bolsas na Europa, nesta sexta, o CDS do Deutsche Bank operava em 208 pontos-base.
O CDS serve para dar segurança em operações de crédito contra um possível calote. A alta expressiva do CDS do banco alemão, em um intervalo de tempo tão curto, indica que os investidores estão muito preocupados com o sistema bancário.
As ações do Deutsche Bank encerraram o pregão com um tombo de quase 9%, depois de terem recuado até 14% durante a sessão.