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Desvalorização das ações da Vale e Petrobras leva Bolsa a queda de 1%

A Bolsa caiu 1,7% nesta quinta-feira (2/2) influenciada pela queda de 4% nas ações da Vale e Petrobras, as duas maiores empresas do Ibovespa

atualizado

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Bolsa de valores sao paulo b3 queda
1 de 1 Bolsa de valores sao paulo b3 queda - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa de Valores brasileira (B3), recuou 1,7% nesta quinta-feira (2/2), aos 110.140 pontos. A queda de mais de 4% nas ações da Vale e Petrobras, empresas de maior peso na Bolsa, foi determinante para as perdas do mercado.

O dia foi negativo para a cotação de commodities, em razão da piora das projeções para o crescimento da China, principal compradora de produtos básicos.

O minério de ferro, petróleo e carne tiveram desvalorização no exterior, o que reduz as receitas das empresas exportadoras do Ibovespa. Além disso, a desvalorização do dólar também torna as remessas para outros países menos vantajosa.

Os piores desempenhos do dia ficaram com a BRF e CSN Mineração, com queda em torno de 7%. A Usiminas, empresa de siderurgia exposta ao preço do minério

Já no lado positivo ficaram as aéreas Azul e Gol, que avançaram 13% e 7%, respectivamente. A queda do dólar, que chegou a operar abaixo de R$ 5 nesta quinta-feira, reduz os custos das empresas de viagens. Além disso, a própria desvalorização do petróleo é um fator positivo para o setor, uma vez que o combustível das aeronaves fica mais barato.

Dólar

Em queda livre durante a sessão desta quinta-feira (2/2), o dólar terminou negociado na faixa de R$ 5.

A moeda americana encerrou o dia com recuo de 0,3%, a R$ 5,045 na venda. É o menor valor de fechamento desde agosto do ano passado.

Na cotação máxima do dia, o dólar chegou a R$ 5,051. A mínima foi de R$ 4,941.

A moeda americana não era negociada abaixo de R$ 5 havia oito meses, desde o dia 10 de junho de 2022, quando chegou a R$ 4,8853 durante o pregão e fechou em R$ 4,9871.

Com o resultado, a moeda acumula perda de 1,3% nesta semana e de 4,43% em 2023.

Nesta quinta, o mercado financeiro ainda repercutia a manutenção da taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) em 13,75% ao ano e a elevação dos juros americanos em 0,25 ponto percentual, para um intervalo de 4,5% a 4,75% ao ano.

A decisão do Fed, já esperada, animou os investidores, pois indica redução do ritmo do aperto monetário na maior economia do mundo. Na última reunião do Fed, a taxa havia aumentado em 0,5 ponto percentual e, nas três reuniões anteriores, em 0,75 ponto percentual.

Segundo especialistas ouvidos pelo Metrópoles, a queda do ritmo de aumento de juros nos Estados Unidos é um dos fatores que explicam a redução da moeda americana no Brasil. Outro fator externo é a reabertura da economia chinesa, que está abandonando a política de “Covid Zero”, marcada por restrições que atingiam a atividade econômica.

 

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