Desenrola: bancos renegociam R$ 5,4 bi em três semanas, diz Febraban
Programa de renegociação de dívidas atingiu R$ 5,4 bilhões em volume financeiro e 905 mil contratos. Desenrola foi lançado em 14 de julho
atualizado
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O Desenrola Brasil, de renegociação de dívidas, superou R$ 5,4 bilhões em volume financeiro nas três primeiras semanas de vigência, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (7/8) pela Febraban, federação dos bancos.
O programa começou a vigorar no último dia 14 de julho. Na comparação com os primeiros 15 dias, quando o montante foi de R$ 2,5 bilhões, o volume financeiro renegociado no programa aumentou 116%.
Ao todo, o número de contratos chegou a 905 mil em três semanas, segundo a Febraban. Do total, mais da metade dos contratos foi renegociado somente na terceira semana.
Os bancos também desnegativaram cerca de 4,8 milhões de registros de clientes que tinham dívidas de até R$ 100. O processo era uma condição do governo para adesão dos bancos ao Desenrola, mas não equivale a um “perdão” da dívida, que ainda terá de ser paga (entenda aqui).
Por ora, o Desenrola atende somente à chamada “faixa 2”, que engloba pessoas com renda mensal entre dois salários mínimos e até R$ 20 mil. Nessa etapa, a negociação é feita diretamente entre clientes e instituições financeiras, sem intervenção do governo.
Já a “faixa 1”, cujas renegociações ainda não começaram, será destinada a clientes de menor renda.
“Essa adesão expressiva da população ao Desenrola comprova o interesse da sociedade e das famílias brasileiras em regularizar a sua situação econômica e o acerto desta ação do governo e dos bancos”, disse, em nota, o presidente da Febraban, Isaac Sidney.
A Febraban afirmou ainda que cada banco “tem sua estratégia” de renegociação no programa.
Faixa 1 do Desenrola ainda terá plataforma lançada
Na “faixa 2” do Desenrola, cada banco define as próprias condições com os clientes. Podem ser renegociadas dívidas contraídas até o fim do ano passado e o prazo de adesão é até 31 de dezembro deste ano.
Já a “faixa 1”, que terá condições específicas de renegociação, tem lançamento previsto para setembro. O público atendido será de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou inscritos no Cadastro Único (CadÚnico).
Nesse grupo, poderão ser renegociadas dívidas de até R$ 5 mil, e o processo ocorrerá em uma plataforma especial mediada pelo governo e os bancos, ainda a ser lançada.