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Desenrola: bancos darão “sua contribuição” ao programa, diz Febraban

Após anúncio do Desenrola, programa do governo para reduzir dívidas, federação de bancos diz que instituições vão cooperar nas renegociações

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1 de 1 isaac-sidney-febraban - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) disse nesta terça-feira (6/6) que o Desenrola, programa do governo para renegociação de dívidas, está “em linha” com o que foi conversado com ministros nos últimos meses. A instituição, que já havia dado seu apoio ao Desenrola em abril, disse que o programa tem potencial para garantir que o crédito continue sendo “oferecido de forma segura”.

“Quando entrar em operação, os bancos darão sua contribuição para que o Desenrola reduza o número de consumidores negativados e ajude milhões de cidadãos a diminuírem suas dívidas”, disse em nota Isaac Sidney, presidente da Febraban.

O Desenrola, uma promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi anunciado oficialmente na segunda-feira (5/6). A medida provisória sobre o tema foi publicada nesta manhã no Diário Oficial da União.

A previsão é que as renegociações comecem a partir de julho, com credores devendo se cadastrar em uma plataforma onde haverá o leilão das dívidas. As instituições que oferecerem mais descontos serão contempladas. A Febraban disse que ainda a construção da plataforma “exige soluções tecnológicas e digitais de grande porte, que estão em fase final desenvolvimento” e incluirão outros atores além dos bancos.

Renegociações no Desenrola

O governo estima que a renegociação vá beneficiar 70 milhões de pessoas inadimplentes.

Para o grupo que recebe até dois salários mínimos (R$ 2.640), o governo oferecerá garantia para dívidas de até R$ 5 mil, que poderão ser parceladas em 60 vezes. Para os demais, o objetivo é que a plataforma mediada pelo governo com os bancos facilitará o recebimento de uma oferta de renegociação.

Para aderir ao programa, os bancos também têm de perdoar dívidas de até R$ 100 (o que atinge 1,5 milhão de brasileiros, segundo a Fazenda).

A Febraban afirmou que trabalhou com a Fazenda e outros ministérios do governo nos últimos meses para que o desenho do programa “evoluísse” até o formato que foi anunciado.

“A Febraban acredita que o Programa Desenrola tem potencial para que o crédito possa continuar a ser concedido de forma segura e dentro das necessidades dos tomadores”, disse Sidney, presidente da Febraban.

A instituição tem entre seus associados os maiores bancos do Brasil, incluindo os três maiores privados (Itaú, Bradesco e Santander) e os maiores estatais (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil).

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