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Desemprego cai para 6,8% entre maio e julho, o menor nível desde 2012

De acordo com o IBGE, a população desocupada também recuou, atingindo 7,4 milhões, o patamar mais baixo para o período desde 2015

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Carteira de trabalho digital. Brasília(DF), 28/12/2023. Foto: I
1 de 1 Carteira de trabalho digital. Brasília(DF), 28/12/2023. Foto: I - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

No trimestre de maio a julho de 2024, a taxa de taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,8%, recuando 0,7 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre de fevereiro a abril de 2024 (7,5%) e 1,1 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2023 (7,9%). A informação faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (30/8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Essa foi a menor taxa de desemprego para um trimestre encerrado em julho na série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. A população desocupada caiu para 7,4 milhões, menor número de pessoas procurando por uma ocupação no país desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

Para a coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o “trimestre encerrado em julho mantém os resultados favoráveis do mercado de trabalho que vinham sendo observados ao longo do ano, com queda da desocupação e expansão contínua do contingente de trabalhadores”.

Recorde de trabalhadores

O número total de trabalhadores bateu novo recorde, chegando a 102 milhões. Segundo o IBGE, esse contingente cresceu 1,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) na comparação trimestral e aumentou 2,7% (mais 2,7 milhões de pessoas) no ano. 

Os dois principais segmentos da população ocupada também foram recordes. Os empregados do setor privado chegaram a 52,5 milhões, maior contingente da série, crescendo 1,4% (mais 731 mil pessoas) no trimestre e de 4,5% (mais 2,2 milhões de pessoas) no ano. Os empregados do setor público atingiram o recorde de 12,7 milhões, com altas de 3,5% (424 mil pessoas) no trimestre e de 3,6% (436 mil pessoas) no ano.

No setor privado, houve recordes tanto no número de empregados com carteira quanto no contingente dos sem carteira de trabalho assinada: 38,5 milhões e 13,9 milhões, respectivamente. 

Comércio na liderança

O grupamento de atividade que impulsionou a ocupação no setor privado foi o comércio, com alta de 1,9% no trimestre, contribuindo com 368 mil novos trabalhadores para a população ocupada do país, nessa comparação. 

No ano, esse segmento cresceu 2,6%. No trimestre móvel encerrado em julho de 2024, o número de pessoas ocupadas no comércio chegou a 19,3 milhões, recorde da série histórica da PNAD Contínua.

Segundo Adriana Beringuy, “parte expressiva da expansão da ocupação no comércio ocorreu por meio do emprego com carteira de trabalho assinada, o que contribui para a melhoria da cobertura de formalidade nessa atividade”.

Setor público

No setor público, o recorde foi puxado pelos servidores públicos com e sem carteira de trabalho assinada, que também atingiram seus maiores contingentes na série histórica da PNAD Contínua: 1,6 milhão e 3,3 milhões, respectivamente. 

O número de servidores públicos sem carteira assinada cresceu 7,4% na comparação trimestral, o equivalente a mais 227 mil pessoas. No ano, esse grupo cresceu 4,7%, ou mais 149 mil pessoas. Já o número dos servidores com carteira aumentou 10,6% (mais 151 mil pessoas) no trimestre e 13,6% (mais 190 mil pessoas) no ano.

Para a analista do IBGE, “a ocupação no setor público vem apresentando crescimento ao longo de 2024, principalmente entre os trabalhadores que atuam no segmento do ensino fundamental e na administração pública municipal”.

Ainda no setor público, o segmento dos militares e funcionários estatutários, que ingressam na profissão por meio de concursos, ficou estável nas duas comparações, permanecendo em 7,8 milhões, contingente inferior ao recorde desse grupo (8,4 milhões), que fora atingido no trimestre encerrado em fevereiro de 2021.

Rendimento fica estável no trimestre

No trimestre encerrado em julho, o rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.206, com estabilidade frente ao trimestre móvel anterior e alta de 4,8% na comparação anual.

Já a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores, chegou a R$ 322,4 bilhões, mostrando altas de 1,9% no trimestre e de 7,9% na comparação anual.

Sobre a PNAD Contínua

A PNAD Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do país. Sua amostra abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios, que são visitados a cada trimestre. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE.

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