metropoles.com

Depois de 5 meses de deflação, IGP-DI fica em 0,05% em agosto, diz FGV

No mês passado, o indicador teve variação de 0,05%. IGP-DI ainda acumula uma deflação de 5,3% em 2023 e de 6,91% em 12 meses até agosto

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Vinícius Schmidt/Metrópoles
Imagem de posto de gasolina com tabela de preços da gasolina e do etanol. Carros e motos passam em frente ao posto - Metrópoles
1 de 1 Imagem de posto de gasolina com tabela de preços da gasolina e do etanol. Carros e motos passam em frente ao posto - Metrópoles - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), interrompeu uma sequência de cinco meses consecutivos de queda e registrou variação de 0,05% em agosto, na comparação com julho deste ano. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (6/9).

Mesmo assim, o IGP-DI ainda acumula uma deflação de 5,3% em 2023 e de 6,91% no período de 12 meses até agosto.

Deflação é a queda generalizada de preços de produtos e serviços, de forma contínua.

Em agosto do ano passado, o índice teve variação negativa de 0,55%. No acumulado de 12 meses até então, o IGP-DI estava em 8,67%.

Nos últimos meses, a deflação registrada pelo IGP-DI vinha perdendo força. Em maio, a queda de preços foi de 2,33%; em junho, de 1,45%; em julho, de 0,4%.

O resultado de agosto veio em linha com as expectativas dos analistas. Segundo o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções, a inflação estimada era de 0,04% na leitura mensal.

Para o coordenador dos índices de preços da FGV, André Braz, a maior influência para o IGP-DI de agosto veio dos combustíveis e dos alimentos.

“O reajuste dos preços do diesel (de 0% para 13,29%) e da gasolina (de -7,46% para 8,36%) permitiu que a variação do índice ao produtor registrasse aceleração, passando de -0,61% para 0,1%. No âmbito do consumidor, a queda mais acentuada do grupo alimentação (de -0,36% para -0,84%) fez com que o índice voltasse a registrar deflação”, explicou Braz.

IGP-DI

O IGP-DI capta o movimento geral de preços por meio de uma pesquisa realizada nas áreas de cobertura de cada componente durante o mês-calendário – ou seja, do primeiro ao último dia do mês de referência.

Nessa pesquisa, cobre-se todo o processo produtivo, desde preços de matérias-primas agrícolas e industriais, passando pelos preços de produtos intermediários e chegando até os de bens e serviços finais.

Além de indicador econômico, o IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Ele também é empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais.

9 imagens
Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
1 de 9

Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY / Getty Images
2 de 9

Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

Olga Shumytskaya/ Getty Images
3 de 9

Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

Javier Ghersi/ Getty Images
4 de 9

No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

boonchai wedmakawand/ Getty Images
5 de 9

De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

Eoneren/ Getty Images
6 de 9

No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

selimaksan/ Getty Images
7 de 9

No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

Adam Gault/ Getty Images
8 de 9

Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

Javier Zayas Photography/ Getty Images
9 de 9

Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

coldsnowstormv/ Getty Images

 

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNegócios

Você quer ficar por dentro das notícias de negócios e receber notificações em tempo real?