1 de 1 Mulher caminha com carrinho em supermercado - Metrópoles
- Foto: Vinicius Schmidt/Metropoles
O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou nova deflação em julho. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (7/8).
No mês passado, o indicador recuou 0,4%, ante uma queda de 1,45% em junho. Com isso, o IGP-DI acumula uma deflação de 5,35% em 2023 e de 7,47% no período de 12 meses até julho.
Deflação é a queda generalizada de preços de produtos e serviços, de forma contínua.
Em julho do ano passado, o índice teve variação negativa de 0,38%. No acumulado de 12 meses até então, o IGP-DI tinha variação positiva de 9,13%.
A deflação de julho foi bem menos intensa do que os analistas do mercado esperavam. Segundo o consenso Refinitiv, que reúne as principais projeções, a queda estimada era de 1,91% na leitura mensal.
De acordo com André Braz, coordenador dos índices de preços da FGV, algumas commodities que registraram queda de preços por vários meses seguidos agora tiveram aumento. Entre elas, a soja (de -3,61% para 3,82%), o minério de ferro (de -2,19% para 1,95%) e bovinos (de -5,70% para 1,71%).
IGP-DI
O IGP-DI capta o movimento geral de preços por meio de uma pesquisa realizada nas áreas de cobertura de cada componente durante o mês-calendário – ou seja, do primeiro ao último dia do mês de referência.
Nessa pesquisa, cobre-se todo o processo produtivo, desde preços de matérias-primas agrícolas e industriais, passando pelos preços de produtos intermediários e chegando até os de bens e serviços finais.
Além de indicador econômico, o IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Ele também é empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais.
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país
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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros
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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas
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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido
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