Decisão sobre Braskem será tomada no “devido momento”, diz Prates
“Temos direito de preferência e estamos confortáveis em relação a essa posição. Vamos analisar”, disse Jean Paul Prates sobre Braskem
atualizado
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O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, despistou ao ser questionado nesta quarta-feira (14/6) sobre a possibilidade de a Petrobras se tornar controladora da Braskem.
A companhia tem direito de preferência sobre as ações da petroquímica e estuda cobrir a oferta de R$ 10 bilhões apresentada pela Unipar. Além da Unipar, a Braskem também é disputada por um consórcio formado pela gestora americana Apollo Global Management e a Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi (Adnoc).
A Petrobras é sócia da Novonor (antiga Odebrechet) na Braskem. A estatal detém 47% das ações com direito a voto da empresa, enquanto a Novonor fica com 50,1%. Do total de papéis, a petrolífera tem 36,1% e a companhia que sucedeu a Odebrecht, 38,3%.
“Nada a declarar sobre a questão da Braskem. A decisão vai ser tomada no devido momento”, disse Prates a jornalistas, após uma reunião com o vice-presidente Geraldo Alckmin.
“Temos direito de preferência e estamos confortáveis em relação a essa posição. Vamos analisar tudo o que está acontecendo, mas não podemos dizer nada porque nesse caso, justamente, isso serve como especulação.”
Ainda segundo Jean Paul Prates, a Petrobras tem mantido “uma posição inerte” neste momento, embora o assunto esteja sendo discutido “internamente”.
Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, a possível compra da Braskem estaria sendo tratada como “segredo de Estado” na Petrobras. Entre as alternativas postas, estaria a compra da fatia da Novonor. Outra possibilidade seria uma composição com a Unipar.
Em 2007, a Petrobras adquiriu uma pequena participação na Braskem. Com o passar do tempo, foi aumentando essa fatia até chegar aos atuais 47% de ações ordinárias e 36,1% do capital total.
Ações da Petrobras em alta
As ações da Petrobras avançavam no pregão desta quarta. No início da tarde, os papéis preferenciais da companhia subiam 3,6%. As ações ordinárias avançavam 3,75%, influenciando o bom desempenho do Ibovespa.