De volta aos 100 mil pontos: Bolsa recua quase 1% puxada pela Vale
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, registrou queda de 0,9% nesta quarta-feira (5/4), influenciado pelas ações da Vale
atualizado
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A Bolsa de Valores brasileira (B3) voltou para os 100 mil pontos, após uma sequência de altas na semana passada que levaram o índice para os 103 mil pontos. Nesta quarta-feira (5/4), o Ibovespa, principal indicador de ações do mercado, recuou 0,9%, aos 100.978 pontos.
A queda do índice foi puxada principalmente pela desvalorização da Vale, empresa de maior peso na Bolsa. As ações da mineradora recuaram 1,5%, acompanhando a baixa na cotação do minério de ferro no exterior. Outras empresas do segmento de siderurgia, como CSN, Gerdau e Usiminas registraram perda de 1% no pregão.
Outro fator que influenciou o humor do mercado foi a desvalorização das empresas ligadas ao consumo. No dia, as maiores quedas ficaram com Alpargatas e Natura, com perdas de quase 10%. A possível mudança tributária em análise pelo governo deve afetar principalmente o setor de consumo, o que tem deprimido as ações do segmento na Bolsa.
A Petrobras, que chegou a cair 4% ao longo do dia no pregão, em razão de falas do ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, cravando uma mudança na política de preços da petroleira.
A queda das ações foi amenizada, após a própria Petrobras negar, por meio de um comunicado ao mercado, que tenha recebido proposta do governo alterar a política de preços. No final do pregão, a petroleira registrou valorização de 0,3% no mercado.
Dólar
O dólar encerrou a quarta-feira (5/4) em queda de 0,9%, aos R$ 5,05, reagindo a dados mais fracos de crescimento nos Estados Unidos.
A desaceleração no setor de serviços do país reforçou a expectativa de que o Federal Reserve (o Banco Central americano) poderá tirar o pé do acelerador na política de aumento dos juros. Embora a inflação dos EUA siga elevada, o risco de recessão econômica pode trazer alívio para o aperto monetário.