De janeiro a setembro, consumo nos lares brasileiros cresce 2,62%
Na comparação com setembro de 2022, houve alta de 1,1% no consumo, segundo pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (Abras)
atualizado
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O consumo nos lares brasileiros aumentou 2,62% no período entre janeiro e setembro de 2023, na comparação com os nove primeiros meses do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (26/10) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).
Em setembro, o consumo das famílias se manteve no patamar de crescimento do mês anterior (0,8%). Em relação a setembro de 2022, a alta é de 1,1%.
A pesquisa da Abras engloba atacarejos, supermercados convencionais, lojas de vizinhança, hipermercados, minimercados e e-commerce.
Todos os indicadores são deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O consumo se mantém firme e tende a seguir neste ritmo até o fim do ano, uma vez que passamos a compará-lo com uma base forte de crescimento. Há de se recordar que foram injetados cerca de R$ 41,2 bilhões na economia com a PEC dos Benefícios no ano anterior, que impulsionou o consumo no segundo semestre. Neste ano, os recursos escalonados e mais previsíveis movimentam a economia e sustentam o consumo no domicílio, assim como as quedas consecutivas nos preços dos alimentos”, afirma o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.
Queda no valor da Cesta Abrasmercado
De acordo com o levantamento, o valor da Cesta Abrasmercado, que conta com 35 produtos de largo consumo (alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza), teve uma queda de 1,72% em setembro, na comparação com o mês anterior.
O preço médio da cesta baixou de R$ 717,55 para R$ 705,21.
No recorte por regiões, a maior redução foi registrada no Sul (-2,19%), seguido por Nordeste (-1,69%), Sudeste (-1,51%), Centro-Oeste (-1,16%) e Norte (-0,71%).
Feijão entre as maiores quedas de preço
Entre os itens básicos, de acordo com a Abras, o feijão registrou um dos maiores recuos (-7,55%) em setembro. No acumulado de 2023, a queda é de 19,36%.
Também recuaram farinha de trigo (-3,25%), óleo de soja (-1,17%) e café torrado e moído (-1,08%). Na categoria, o óleo de soja teve a maior queda acumulada no ano (-29,7%).
Na cesta de lácteos, a baixa foi puxada por leite longa vida (-4,06%), leite em pó (-1,36%), margarina cremosa (-1,18%) e queijos muçarela e prato (-1,18%).
Todas as proteínas se mantiveram em queda: ovos (-4,96%), corte do dianteiro (-3,45%), corte do traseiro (-2,36%), pernil (-0,85%) e frango congelado (-0,26%).